31 agosto 2009
Confissões
27 agosto 2009
PANZER
Panzer IV Ausf.G (Sd.Kfz. 161/1)
Com as cores da guerra no deserto da África (Afrika Korps).
(Fonte: Deutsches Panzermuseum Munster –
Museu Alemão do Panzer, Alemanha. Foto: Wikipedia)
Cada Divisão Panzer era constituída normalmente por 2 regimentos de carros de combate (Regimentos Panzer) que totalizavam em média 320 tanques, 4 batalhões de infantaria motorizada ou blindada, além de elementos de artilharia auto-propulsada, engenharia de combate, comando e logística.
18 agosto 2009
D. Pedro I, um tremendo mulherengo!
Aí vem a pergunta, como ele teve tantos filhos?
Devemos lembrar que os métodos de contracepção não eram empregados na época e mesmo que houvesse algum, com certeza não era dos melhores!
Mas, o que foi feito desses filhos do imperador do Brasil? Nada! Eram bastardos do imperador. Com certeza conseguiriam algum cargo administrativo quando crescessem.
A pergunta que meus alunos sempre me fazem sobre é: como podemos saber dessas informações?
Simples, existe registro disso. Diários do próprio D. Pedro, que foram guardados e preservados, que nos dão uma boa noção das suas atividades extraconjugais. Além, claro, dos diários das damas com as quais ele tinha esses romances.
Uma coisa importante: ele era o imperador, é óbvio que não teria um romance com qualquer moça, mesmo porque ele não conhecia “qualquer moça”... as moças de seu convívio eram nobres ou ricas burguesas. Com certeza, não estariam desamparadas por terem filhos do imperador!
Mas, de todas essas mulheres que passaram pela vida do nosso Pedro I, sem dúvida a mais famosa de todas é a marquesa de Santos, dona Domitila de Castro (eles namoraram 7 anos!), com ela o imperador trocou uma enorme quantidade de cartas, apaixonadas, engraçadas, eróticas, com fofocas da corte e mesmo com detalhes da saúde sexual do monarca. 143 dessas cartas, escritas pelo próprio D. Pedro I, foram preservadas e estão organizadas na obra “Prezado Senhor, Prezada Senhora” de Walnice Nogueira Galvão e Nadia Gotlib, da Companhia das Letras, de 2001.
"Nada mais digo senão que sou teu, e do mesmo modo quer esteja no céu, no inferno ou não sei onde. Tu existes e existirás sempre em minha lembrança, e não passa um momento que meu coração me não doa de saudades tuas... Fogo Foguinho" (29 de novembro de 1826)
“Amor ardente... Que alegria foi a nossa!!!! […] Tenho o prazer de lhe ofertar essas rosas e essas duas trocazes [1], que comeremos à noite. Aceite os mais puros e sinceros votos de amor do coração deste seu amante constante e verdadeiro e que se derrete ...O Fogo Foguinho” (24 de novembro de 1826)
***Fogo Foguinho??? Fala sério... que brega, D. Pedro!!!
D. Pedro rompeu com dona Domitila através da seguinte carta:
“... Eu te amo; mas mais amo a minha reputação agora também estabelecida na Europa inteira pelo procedimento regular, e emendado que tenho tido. Só o que te posso dizer é que minhas circunstâncias políticas atualmente estão ainda mais delicadas do que já foram. Tu não hás de querer a minha ruína nem a ruína de teu, e meu País e assim visto isto além das mais razões me faz novamente protestar-te o meu amor; mas ao mesmo tempo dizer-te que não posso lá ir...” (Maio de 1829)
Na resposta, ela se despede:
“Senhor, Eu parto esta madrugada e seja-me permitido, ainda desta vez, beijar as mãos de V.M.[2] por meio desta, já que os meus infortúnios e minha má estrela me roubem o prazer de o fazer pessoalmente. Pedirei constantemente ao céu que prospere e faça venturoso ao meu Imperador. E quanto à marquesa de Santos, senhor, pede por último a Vossa Majestade que, esquecendo como ela tantos desgostos, se lembre só mesmo, a despeito das intrigas, que ela em qualquer parte que esteja saberá conservar dignamente o lugar a que V.M. a elevou, assim como ela só se lembrará muito que devo a V.M., que Deus vigie e proteja como todos precisamos. De V.M. súdita, muito obrigada, marquesa de Santos.” (15 de julho de 1829)
1. Trocazes – pombos. Era comum as pessoas comerem pombos, codornas e outras pequenas aves.
2. V.M. – Vossa Majestade
17 agosto 2009
GRIPE ESPANHOLA
A designação “gripe espanhola” gerou muitos debates e controvérsias na época, pois não se sabe ao certo onde surgiram os primeiros casos. Embora a primeira vítima ilustre tenha sido o rei espanhol Afonso XIII, muitos pesquisadores alegam que a doença surgiu nos Estados Unidos, tendo sido levada para a Europa por soldados que combateram na 1ª Guerra Mundial.
A doença se espalhou rapidamente, chegando ao sudeste asiático, à China, ao Japão e à Américas, estima-se que um quinto da população tenha contraido a gripe. Acredita-se que, no mundo todo, morreram entre 20 e 100 milhões de pessoas (mais que todos os mortos durante a guerra, que vitimou cerce de 15 milhões de pessoas). A pandemia acabou com populações inteiras, na África, Índia, China e no Alasca.
No Brasil, a gripe também fez um enorme número de vítimas. No Rio de Janeiro as pessoas com medo de pegarem a doença, jogavam seus mortos no meio da rua, e como não havia coveiros suficiente, presidiários foram convocados para enterrar os mortos. Estima-se que 12 mil pessoas morreram no Rio de Janeiro em 2 meses.
As pessoas corriam às farmácias atrás de remédios, mas tudo o que era recomendado pelos médicos era inútil. Não se sabe ao certo quantos morreram no Brasil, a estimativa é de 35 mil mortos. Em 1920, da mesma maneira que surgiu, a gripe desapareceu. A partir daí cientistas, virologistas de todo o mundo se debruçaram a pesquisar os vírus e suas formas de contagio e tratamento. O vírus Influenza A sofreu mutação e novamente se manifestou em 1957, sob a forma da Gripe Asiática, e em 1968, com nome de Gripe de Hong Kong.
Quando a Gripe Espanhola desapareceu os virologistas alegaram que mais cedo ou mais tarde uma nova doença nos atacaria de forma semelhante: “Só não sabemos quando. Se daqui a um ano, ou a um século...” disseram. O vírus causador da Gripe Espanhola e da Gripe Suína é o mesmo. Entretanto, atualmente temos uma arma poderosa a nosso favor: INFORMAÇÃO! Não podemos deixar que a falta de informação e a falta de prevenção torne essa doença novamente uma pandemia!
Gripe Espanhola e Gripe Suina
Podemos citar a famosa Peste Negra, que dizimou um terço da população européia em meados do século XIV (14). Citando algumas mais recentes, relacionamos a Gripe Asiática, que em 1957 fez 1 milhão de vítimas e a Gripe de Hong Kong, de 1968, que matou cerca de 700 mil pessoas. Sem falar na Gripe Espanhola que, entre 1918 e 1919, matou entre 20 e 40 milhões de pessoas pelo mundo (1% da população do planeta na época!).
A Gripe Espanhola ganhou esse nome, pois foi na Espanha que foram diagnosticados os primeiros casos de uma gripe causada pelo vírus Influenza do tipo A, H1N1, sim o mesmo tipo da atual gripe suína! Obviamente, na época não havia antibióticos, corticóides e o próprio sistema de saúde não era capaz de atender a todos. O máximo que os médicos podiam fazer era deixar os doentes o mais confortáveis possível.
Edemia, Epidemia ou Pandemia?
Chamamos de Endemia quando uma doença infecciosa ocorre em um determinado local, sobre uma determinada população e que pode ser localizada geograficamente. Por exemplo, a febre amarela que somente ocorre na faixa da floresta Amazônica ou a dengue, que somente ocorre em regiões cujo clima favorece o surgimento do mosquito Aedes aegypti.
A Epidemia é uma doença infecciosa que ataca, em um curto período de tempo, um grande número da população de uma localidade ao mesmo tempo. Por exemplo, as epidemias de gripe que ocorrem no inverno, epidemias de sarampo que podem ocorrer em escolas infantis, etc.
E a Pandemia é quando uma epidemia chega a proporções alarmantes, ou seja, quando uma doença infecciosa atinge uma grande parte da população de uma determinada região (cidade, estado, país) ou do planeta. Portanto, a pandemia possui maior proporção em relação à epidemia, pois pode levar a milhares ou até milhões de vítimas.
Hoje estamos em meio a uma epidemia de gripe suína, Influenza H1N1, esperemos que não se torne uma pandemia!
Especiarias
Rota das Especiarias
Uma terrestre, que cruzava a Ásia (em vermelho no mapa), e a outra por mar (em azul). Ambas, traziam as mercadorias até os mercados no Oriente Médio de onde eram embarcadas para atravessar o Mar Mediterrâneo (em verde) para chegar à Europa.
A importância do projeto de Colombo
Como alternativa, Colombo teve a idéia de atingir as Índias navegando para o Ocidente, contornando o planeta. As suas eram baseadas em duas descobertas revolucionárias para a época: uma de que a Terra era esférica (redonda) e a segunda de que os continentes eram todos interligados, formando uma única massa. Assim, ao dar a volta na Terra, Colombo chegaria, na sua concepção, às Índias. O que ele não esperava era encontrar pelo caminho um lugar totalmennte novo!
Reino da Espanha
Tratado de Tordesilhas
Planisfério (mapa) de Cantino(datado de cerca de 1502), mostrando o meridiano de Tordesilhas e o resultado das viagens de Vasco da Gama à Índia, de Colombo à América Central, de Gaspar Corte-Real à Terra Nova e Pedro Álvares Cabral ao Brasil, (fonte Biblioteca Estense, Modena).
O Tratado estabelecia a divisão das áreas de influência, cabendo à Portugal as terras situadas antes da linha imaginária que demarcava 370 léguas (1.770 km) a oeste das ilhas de Cabo Verde, e à Espanha as terras que ficassem a oeste dessa linha. Assim sendo, o comércio na costa da África ficava sob o encargo de Portugal, enquanto a exploração do continente Americano, praticamente estava sob o domínio espanhol.
Mapa com a demarcação dos territórios a serem explorados pela Espanha e por Portugal.