A Revolta da Armada (1893 - 1894)
ocorreu pois a Marinha brasileira estava insatisfeita com o governo do Marechal Floriano Peixoto.
Peixoto foi eleito
vice-presidente do governo do Marechal Deodoro da Fonseca. Apesar do que
possamos pensar, levando em conta a forma eleitoral nos dias de hoje, nessas
primeiras eleições da República Brasileira, o presidente e o vice eram eleitos
separadamente e Floriano tinha o apoio de vários políticos que faziam oposição
à Deodoro. Devido à uma série de problemas, entre eles a falta de apoio
político, poucos meses após iniciar seu mandato, Deodoro renunciou, deixando o
cargo para Floriano.
Segundo a Constituição,
deveria existir uma nova eleição caso o cargo de presidente ou de vice ficassem
vagos. Floriano ignorou a lei e a oposição passou a acusá-lo de se manter
ilegalmente no poder. Assim, Floriano reuniu o Congresso e depôs todos os
governadores que apoiaram Deodoro para alguns dias depois colocar nas vagas,
dos governos estaduais e do Congresso, políticos aliados.
Mesmo
implementando algumas medidas para conquistar o apoio populacional, Floriano
era autoritário e centralizador, assim ele recebeu uma carta, vinda da parte de
alguns generais, ordenando a convocação imediata de novas eleições, pois a
Constituição tinha que ser respeitada. O presidente alegava que essas
orientações constitucionais não se aplicavam ao seu governo, pois o mesmo foi
instaurado pelo voto indireto. Dessa forma, além de não dar crédito à ordem
imposta pelos generais, o presidente ordenou a prisão de todos os envolvidos
que estavam ameaçando seu governo.
Os oficiais
superiores das Forças Armadas, em especial da Marinha, insatisfeitos
convocaram uma reunião a fim de escolherem os novos governadores. trataram de
organizar os navios em seu poder e apontar seus canhões em direção à Capital
Federal, planejando um golpe para destituir Floriano Peixoto do poder. Floriano
Peixoto, confiante com o apoio político que possuía, decidiu não ceder às
imposições da Armada. Os almirantes da Marinha sem apoio do Exército chegaram a
trocar tiros de canhão com as fortalezas da capital do país antes de migrarem
para o sul, onde deram apoio aos gaúchos que faziam parte do federalismo. Ambos
os movimentos não tiveram sucesso, sendo derrotados pelas tropas florianistas.
Fotos doMuseu Histórico Nacional