17 maio 2016

Fascismo Italiano - um pouco sobre esse regime

Fascismo Italiano
Mussolini discursando no dia da Marcha sobre Roma
Fonte da imagem: http://maishistoria.com.br/historia-do-fascismo/

A Primeira Guerra Mundial trouxe consequências desastrosas para a Itália, que embora tenha ficado ao lado dos vitoriosos, encontrava-se destroçada. Os Aliados recusaram-se a cumprir os acordos feitos, não dividindo de forma justa os espólios de guerra. Os italianos sentiram-se humilhados e foi deste sentimento de nacionalismo ferido que se estruturou na Itália o regime fascista. 

A crise financeira, o desemprego e os baixos salários fez crescer o número de adeptos das ideias socialistas e, consequentemente, ocorreu um enorme crescimento dos membros do Partido Socialista Italiano. A alta burguesia italiana tinha receio de que o grupo operário se revoltasse e organizasse uma revolução nos moldes da Revolução Russa, passando a apoiar o partido fascista, que em princípio era um partido menor, formado por ex militares, grupos de classe média, defensores de ideias totalitaristas e nacionalistas de extrema direita.

Em 1922, após a Marcha sobre Roma, Benito Mussolini foi nomeado primeiro-ministro da Itália pelo rei Vítor Emanuel III. 

Entre suas primeiras iniciativas, Mussolini passou a tomar atitudes que minassem as instituições representativas italianas, criou a Carta do Trabalho (Carta del Lavoro) concedendo aos trabalhadores a permissão de se organizarem em instituições comandadas pelo Estado, porém as greves foram proibidas. Todos os partidos políticos, com exceção do fascista, eram tidos como ilegais, os órgãos de imprensa foram fechados, a pena de morte foi legalizada e os camisas negras (como eram chamados os fascistas) passaram a incorporar as forças de repressão oficial.
Símbolo do Fascismo
Fonte da imagem: http://0-9-8.webnode.com.br/news/acenss%C3%
A3o%20dos%20facistas%20na%20italia%20mussolini%20no%20poder/

Ele implementou um extensivo programa de culto à personalidade, colocando ele, o Duce ("Líder") como a figura central da nação. Por meio de tortura e intimidação, conseguiu reduzir a criminalidade. 

Assinou o Tratado de Latrão, reconhecendo o Vaticano como Estado Papal independente.

Na área econômica iniciou um programa de construção de obras públicas, procurando gerar empregos e reestruturar a economia do país. Fez investimentos em educação de base, propaganda fascista nas escolas, e introdução de novas técnicas de agricultura. O governo italiano fascista de Mussolini teve que apelar para a propaganda por parte dos meios de comunicação (agora controlados pelo Estado) para dar uma ideia de modernidade e progresso, que para a população não era tão aparente assim. Em 1935, tomou cerca de três-quartos dos negócios industriais e de serviços da Itália, tirando poder da iniciativa privada. Instituiu controle de preços para tentar combater a inflação. Seu projeto visava transformar o país auto-suficiente, através de medidas como protecionismo comercial. No âmbito externo, tentou cultivar boas relações com os vizinhos europeus, mas as desavenças eram crescentes com a Inglaterra e com a França, especialmente quando o assunto era as possessões coloniais na África. Invadiu a Etiópia e se aliou à Alemanha de Adolf Hitler.

Se quiser assistir alguns vídeos sobre esse assunto:

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