23 dezembro 2009

Natal

Em noite bastante fria,
Na pequenina Belém,
Nasceu Jesus, de Maria,
Filho de José também.

Nasceu mui modestamente,
Sem luxo, ou pompas reais,
Sem cobertas, pobremente,
Em catre de animais.

Agasalhado entre palhas,
Envolto apenas em trapos,
Sem proteção e sem malha
E, como lençol, farrapos.

Seus primeiros visitantes
Não foram queridos entes,
Mas, pastores circunstantes,
Com cajados, sem presentes.

Poderia ter nascido
Em Roma, rico e potente,
Em berço de ouro luzido,
Em castelo imponente.

Não era ele afinal,
O Messias prometido,
Deste mundo o fanal,
O filho de Deus querido?

Por que não veio cercado
De vassalos e criados,
Muitos presentes, mimado,
Ao seu lado os potentados?

Por que trocou a realeza,
Com todo fausto e doçuras
Pela mais dura pobreza,
Incômoda e de agruras?

Quis Jesus menino assim,
Dar um exemplo à humanidade:
O Reino Eterno, que é o fim,
Se conquista com humildade.

Veio à Terra nos trazer
A fé e a esperança,
Renegar e combater
O orgulho e a vingança.

Vaio os homens redimir,
Salvá-los da perdição,
Ao bem os conduzir,
Tirá-los da escuridão.

Jesus, que só deste amor,
Mostrando a luz dos caminhos,
Da morada do Senhor,
Protegei-nos dos espinhos!

Alegremo-nos com os anjos,
Por este acontecimento;
Cantemos com os arcanjos
Teu bendito nascimento!

(José de Lavor Campos)

Um comentário:

  1. Lindo poema querida... mil beijinhos carinhossos e que tudo se realize de maravilhoso na sua vida, fazendo hist´ria em outras vidas, a simplicidade é a maior fonte de riqueza. Sucesso!
    Lucia zani

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