24 junho 2015

Listagem de filmes sobre Segunda Guerra Mundial


A Lista de Schindler
(Filme de 1993) – A Lista de Schindler é um filme norte-americano de 1993 sobre Oskar Schindler, um empresário alemão que salvou a vida de mais de mil judeus durante o Holocausto ao empregá-los em sua fábrica. 
Direção: Steven Spielberg


O Resgate do Soldado Ryan
(Filme de 1998) – É um filme de guerra épico norte-americano de 1998, ambientado durante a Batalha da Normandia na Segunda Guerra Mundial. Foi dirigido por Steven Spielberg e escrito por Robert Rodat.
Direção: Steven Spielberg


A Vida É Bela
(Filme de 1997) – Filme italiano de 1997, do género comédia dramática, dirigido e protagonizado por Roberto Benigni. Narra a história de um pai e seu filho, ambos levados para um campo de concentração nazista e para poupar o filho dos horrores presenciados, o pai cria um mundo de ilusão e fantasia sobre o que está acontecendo.
Direção: Roberto Benigni


O Pianista
(Filme de 2002) – O Pianista é um filme de 2002 dirigido por Roman Polanski e estrelado por Adrien Brody. É baseado na autobiografia de mesmo nome escrito pelo músico Polaco Władysław Szpilman. 
Direção: Roman Polanski


Cartas de Iwo Jima
(Filme de 2006) – Filme estadunidense de 2006, do gênero drama de guerra, dirigido por Clint Eastwood. O longa-metragem é a continuação de A Conquista da Honra. 
Direção: Clint Eastwood



Bastardos Inglórios 
(Filme de 2009) – Filme estadunidense de 2009, dirigido por Quentin Tarantino e estrelado por Brad Pitt, Christoph Waltz, Mélanie Laurent e Diane Kruger. Narra a história de um grupo de soldados que secretamente assassina nazistas. É uma história fictícia e deve ser vista com cuidado por quem está estudando Segunda Guerra, pois o conteúdo não é historicamente correto.
Direção: Quentin Tarantino, Eli Roth


Círculo de Fogo - Enemy at the Gates
(Filme de 2001) – Enemy at the Gates é um filme estadunidense de 2001, dirigido por Jean-Jacques Annaud e estrelado por Jude Law e Ed Harris. O filme conta a história do confronto de dois franco-atiradores durante a Batalha de Stalingrado de 1942 a 1943. 
Direção: Jean-Jacques Annaud


A Queda – Der Untergang
(Filme de 2004) – Der Untergang é um filme alemão de 2004, que mostra os últimos dez dias da vida de Adolf Hitler no Führerbunker em 1945. 
Direção: Oliver Hirschbiegel


O Jogo da Imitação - The Imitation Game
(Filme de 2014) – O Jogo da Imitação é um filme de suspense histórico lançado em 2014, O filme é a cinebiografia de Alan Turing, um pioneiro na computação que levou um grupo de estudiosos no projeto Ultra, a fim quebrar os códigos de guerra da Alemanha Nazista, ajudando a salvar milhões de vidas para mais tarde ser condenado por sua homossexualidade.
Direção: Morten Tyldum



Além da linha vermelha - The Thin Red Line 
(Filme de 1998) – É um filme de guerra americano de 1998 que conta uma história fictícia das Forças Armadas dos Estados Unidos durante a Batalha de Guadalcanal na II Guerra Mundial. 
Direção: Terrence Malick


Pearl Harbor 
(Filme de 2001) - Pearl Harbor é um filme americano de 2001 produzido por Jerry Bruckheimer, dirigido por Michael Bay e é distribuído pela Touchstone em Pearl Harbor no dia 7 de dezembro de 1941. 
Direção: Michael Bay


Império do Sol 
(Filme de 1987) – Império do Sol é um filme estadunidense de 1987, do gênero drama, dirigido por Steven Spielberg e com roteiro baseado no romance semi-autobiográfico de J. G. Ballard. Conta a história de um menino britânico que fica preso em um campo de concentração japonês durante a Segunda Guerra Mundial. 
Direção: Steven Spielberg


A conquista da honra - Flags of Our Fathers 
(Filme de 2006) - Flags of Our Fathers é um filme norte-americano de 2006, dirigido por Clint Eastwood e escrito por William Broyles Jr. e Paul Haggis. Uma das mais importantes e sangrentas batalhas foi a pela posse da ilha de Iwo Jima, que gerou uma imagem-símbolo da guerra: cinco fuzileiros e um integrante do corpo médico da Marinha erguendo a bandeira dos Estados Unidos no monte Suribachi. Alguns destes homens morreram logo após este momento, sem jamais saber que foram imortalizados. 
Direção: Clint Eastwood



A espiã – Zwartboek
(Filme de 2006) - Zwartboek é um filme de época holandês realizado em 2006 por Paul Verhoeven, com encenação de Paul Verhoeven e Gerard Soeteman. O filme é protagonizado por Carice van Houten, Thom Hoffman, Halina Reijn e Sebastian Koch. Rachel Stein (Carice van Houten) é uma linda cantora judia, que está escondida. Quando o local em que está é destruído por um bombardeio, ela e um grupo de judeus decidem atravessar Biesbosch para chegar ao sul da Holanda, que já está livre da ocupação nazista. Entretanto o barco deles é interceptado por uma patrulha alemã, que mata todos a bordo com exceção de Rachel. A partir de então ela se une à resistência, adotando o nome de Ellis de Vries.
Direção: Paul Verhoeven




Operação Valquíria 
(Filme de 2008) - Valkyrie é um filme teuto-estadunidense rodado em 2008. Tem o gênero biográfico, histórico e dramático, baseado na história real do Coronel Claus von Stauffenberg. O filme se passa na Alemanha nazista durante a Segunda Guerra. 
Direção: Bryan Singer


O menino de pijama listrado 
(Filme de 2008) - É um filme de drama e guerra de 2008, uma co-produção britânico-estadunidense e dirigida por Mark Herman. 
Direção: Mark Herman


Stalingrado 
(Filme de 1993) - Stalingrado é um filme alemão de 1993 dirigido por Joseph Vilsmaier, que conta a história da Batalha de Stalingrado, ocorrida entre agosto de 1942 e fevereiro de 1943, no auge da Segunda Guerra Mundial, seis soldados amigos enfrentam os inimigos, vivem histórias de amor e lutam para manter o território longe das forças alemãs 
Direção: Joseph Vilsmaier


O Julgamento de Nuremberg 
(Seriado para TV de 2000) - Com o fim da II Guerra Mundial, os países aliados reúnem-se em Nuremberg, Alemanha, para decidir o destino de oficiais nazistas, julgados por seus bárbaros crimes nos campos de concentração. Entre eles, está o notório Hermann Goering. Com ombros pesados pela responsabilidade e todos os olhos do mundo voltados para aquela corte, o promotor Rober Jackson questiona os direitos dos acusados. E como fazer valer a justiça no mais importante julgamento da história. 
Direção: Yves Simoneau



Códigos de Guerra – Windtalkers 

(Filme de 2002) - Filme estadunidense do gênero guerra, dirigido por John Woo e estrelado por Nicolas Cage. O filme é baseado na incrível e verídica história da participação de membros da tribo ameríndia dos Navajos na criação de um código baseado em sua língua, e sua colaboração heróica para a vitória norte-americana sobre os japoneses em 1945.

Direção: John Woo

O Capitão Corelli 
(Filme de 2001) - Em 1941, a Itália alia-se à Alemanha para conquistar a Grécia. O capitão italiano Corelli (Nicolas Cage) é destacado para uma pequena ilha grega para tentar manter a ordem. Este adota uma atitude cooperante com os gregos do local e tenta estabelecer laços de confiança. 
Direção: John Madden

Enigma 
(Filme de 2001) - Enigma é um filme britânico lançado em 2001. Seu enredo trata sobre os decodificadores da Enigma em Bletchley Park durante a Segunda Guerra Mundial. 
Direção: Michael Apted

O Leitor 
(Filme de 2008) - O Leitor é um filme teuto-americano de 2008, do gênero drama, dirigido por Stephen Daldry e baseado no romance Der Vorleser, de 1995, do escritor alemão Bernhard Schlink. A adaptação para o cinema foi feita pelo roteirista David Hare. 
Direção: Stephen Daldry

Memphis Belle 
(Filme de 1990) - Memphis Belle é um filme britânico de 1990 do gênero "Guerra", dirigido por Michael Caton-Jones e escrito por Monte Merrick. É uma narrativa ficcional da história contada no documentário de 1944 "Memphis Belle: A Story of a Flying Fortress" do diretor William Wyler, sobre a equipe do avião bombardeiro B-17, apelidado de "Memphis Belle", que em 1943 realizava missões partindo da Inglaterra até à Alemanha e a França ocupada, durante a Segunda Guerra Mundial. 
Direção: Michael Caton-Jones


As crianças de Paris 
(Filme de 2010) - Joseph Weismann tem 11 anos de idade. Na manhã de 6 de Junho, de 1942, é obrigado a ir para a escola com uma estrela amarela presa ao peito. O novo decreto anti-judaico do governo francês acaba de entrar em vigor. À semelhança de todos os judeus na França, Jo descobre que está proibido de ir a parques, cinemas, feiras e jardins públicos. Na manhã de 16 de Julho, de 1942, homens de uniforme preto entram de rompante nos apartamentos, Jo e a sua família são retirados das suas camas e colocados em carros. 13.000 Judeus são enviados para o Velódromo de Inverno em Paris. Esse ato cometido pela polícia francesa, sob as ordens nazistas, os judeus ficaram 5 dias sem água, comida ou cuidados de saúde. 
Direção: Roselyne Bosch

Band of Brothers
(Série para a TV de 2001) - é uma minissérie de televisão que conta a história da Easy Company, integrante da 101ª Divisão Aerotransportada do Exército dos Estados Unidos, na Segunda Guerra Mundial. Narra a história da Companhia E (Easy Company) do 2º Batalhão do 506º Regimento de Infantaria Pára-quedista da 101ª Divisão Aerotransportada do Exército dos Estados Unidos em sua campanha durante a Segunda Guerra Mundial. Tal Companhia participou da invasão dos exércitos americano e inglês naNormandia no dia 6 de Junho de 1944, o famoso Dia D, além da famosa Operação Market Garden e da Batalha do Bulge.
Direção: Steven Spielberg

22 junho 2015

Vídeos sobre Roma Antiga

Existem muitas séries, filmes e vídeos sobre Roma Antiga. A respeito dos filmes, aconselho a ver a postagem específica sobre o assunto:
http://prof-tathy.blogspot.com.br/2015/06/filmes-sobre-roma.html

Com relação às séries, algumas são muito boas, mas são impróprias para menores de 18 anos, seja pelo conteúdo violento ou pelas cenas de nudez e sexo. Portanto, segue uma listagem de vídeos aconselháveis para ajudar a estudar:

Esse é bem inocentinho, mas é excelente para estudar:
https://www.youtube.com/watch?v=_R4JJRhHvXY

Esse, da History Channel, é muito bom:
https://www.youtube.com/watch?v=5KTW0sqIKfk

Vídeo do Discovery Channel, bem completo:
https://www.youtube.com/watch?v=kDyZZFwyISo

Cena da morte de Júlio César, retirado do seriado Rome, da HBO. Não está traduzido, porém, a cena fala por si:
https://www.youtube.com/watch?v=7FvgP5hO99o

Spartacus, filme de 2004, versão completa e dublada. Esse não é impróprio para menores:
https://www.youtube.com/watch?v=mOchxoOUnC0

Nero, filme de 2004, versão completa e dublada. Esse não é impróprio para menores:
https://www.youtube.com/watch?v=jWFG6JZfUbg

Centurião, filme de 2010, versão completa e dublada. Esse também não é impróprio para menores:
https://www.youtube.com/watch?v=yIfsloGM3fQ

Átila, o rei dos Hunos, filme completo. Esse é mais sobre o final do Império Romano:
https://www.youtube.com/watch?v=FBMqcsh8Qt8

Animação computadorizada, bem bacana, vale a pena ver:
https://www.youtube.com/watch?v=EGHVxpvpT2Y

Sobre as Guerras Púnicas, filme sobre Anibal, general cartaginês, legendado em português:
https://www.youtube.com/watch?v=XUjuoJLfHng

Sobre as batalhas de Anibal, documentário do History Channel:
https://www.youtube.com/watch?v=Glv_RyVtalQ

Listagem de filmes sobre Roma

Gladiador
Capa do filme


Gladiador
(Filme de 2000) - Gladiador é um filme americano de 2000 dirigido por Ridley Scott e estrelado por Russell Crowe, Joaquin Phoenix, Connie Nielsen, Ralf Möller, Oliver Reed, Djimon Hounsou, Derek Jacobi, John Shrapnel e Richard Harris. 
Direção: Ridley Scott

Spartacus
Capa do filme

Spartacus 
(Filme de 2004) - Spartacus é um escravo, gladiador que luta para recuperar sua liberdade e lidera a maior revolta de escravos que Roma presenciou. 
Direção: Robert Dornhelm

A águia da Legião Perdida
Capa do filme

A águia da Legião Perdida
(Filme 2001) - No ano de  140 d.C., um jovem centurião - Chaning Tatum - chega às montanhas da Escócia para investigar o desaparecimento 20 anos antes de uma legião inteira, comandada por seu pai, e tentar recuperar a águia, que era o símbolo do domínio de Roma. uma boa aventura sandália-espada, informativo e interessante.

Direção: Kevin MacDonald



Cleópatra
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Cleópatra 
(Filme de 1999) - Cleópatra é um filme de 1999, com Billy Zane e Timothy Dalton, feito para a TV, sob a direção de Franc Roddam. Foi baseado no romance de Margaret George, "Memoirs of Cleopatra". 
Data de lançamento: 23 de maio de 1999 (mundial) 
Direção: Franc Roddam


Pompéia 
Capa do filme

Pompéia 

(Filme de 2014) - Pompeia é um filme-catástrofe histórico americano dirigido por Paul W. S. Anderson, estrelado por Kit Harington, Emily Browning, Carrie-Anne Moss e Kiefer Sutherland, lançado em 2014, inspirado. 
Direção: Paul W. S. Anderson

Vercingétorix
Capa do filme

Vercingétorix, A Lenda de um Guerreiro 
(Filme de 2001) - Buscando uma maneira de retornar a Roma, Júlio César propõe aos druidas que abasteçam os romanos, em troca da expulsão dos germânicos da Galícia. Celtill se candidata ao cargo de rei da Gália, mas é traído por seu próprio irmão. Seu filho Vercingétorix, tenta salvá-lo, mas presencia sua execução. A partir de então, Vercingétorix busca vingar a morte de seu pai. 

Direção: Jacques Dorfmann



Centurião
Capa do filme

Centurião 
(Filme de 2010) - Centurion é um filme britânico de 2010 escrito e dirigido por Neil Marshall, vagamente inspirado na lenda do massacre da Nona Legião na Caledônia no início do século II. 
Direção: Neil Marshall

Átila - O Huno 
Capa do filme

Átila - O Huno 
(Filme 2001) - Dois mundos se confrontam e, com eles, os dois homens que personificam os valores e a essência desses mundos: Átila, Rei dos Hunos é um idealista que vê mais no seu povo do que nele próprio; e o general romano, Flavius Aetius, personifica o melhor e o pior do Império Romano nos últimos anos de sua existência. 
Direção: Dick Lowry

Roma Antiga - Resumo

Esse é um resumo, especialmente para ajudar no estudo dos meus alunos. Talvez eu o amplie no futuro... talvez. Não tenho a pretensão de esgotar o assunto nem estão todos os aspectos abordados aqui, se o que você busca não está contemplado, lembre que esse é um blog, não um compêndio de PDFs completos.


Anfiteatro Flaviano ou Flávio, mais conhecido como Coliseu
Fonte: http://hypescience.com/roma-antiga-e-o-segredo-

do-concreto-indestrutivel/
A civilização romana deixou para o Ocidente uma herança extremamente importante, tanto nas áreas da Arquitetura e Engenharia, como nas Artes, nos idiomas e no Direito. A história de Roma Antiga é fascinante: de uma pequena cidade-Estado, tornou-se um dos maiores impérios da antiguidade. 



A História romana está dividida em 3 períodos: Monarquia, República e Império.


Monarquia Romana (753 a.C a 509 a.C)

A primeira forma de governo adotada em Roma foi a Monarquia, durante esse período Roma esteve sob o domínio dos etruscos, que perpetuavam seu controle propagando a crença de que o rei tinha origem divina. 

Os romanos desenvolveram uma economia baseada na agricultura e nas atividades pastoris. A sociedade romana era hierarquicamente dividida, formada por patrícios (nobres proprietários de terras, descendentes dos primeiros fundadores da cidade), clientes (parte do estrato da sociedade que era livre, mas sem propriedades ou direitos políticos. Se associavam às famílias aristocráticas para sobreviver), plebeus (comerciantes, artesãos e pequenos proprietários, que mesmo sendo romanos não possuíam direitos até o período da República) e os escravos. O número de escravos em Roma na época da Monarquia era reduzido, entretanto esse número se expandiu nos períodos de conquistas e domínio de outros povos. Os escravos podiam ser de três tipos: por dívidas não quitadas; prisioneiros de guerra; e, filhos de escravos. Assim sendo, nem todos os habitantes de Roma desfrutavam dos mesmos privilégios. 

Em 509 a.C., os romanos derrubaram o rei etrusco (Tarquínio - o Soberbo), e fundaram uma República. No lugar do rei, elegeram dois magistrados para governar, os cônsules – um para organizar o exército e outro para presidir o Senado. 

República Romana (509 a.C. a 27 a.C) 

Com o fim da Monarquia, inicio-se o período republicano. Nessa época, o Senado Romano (Conselho de Anciãos) ganhou grande poder político. Os senadores, de origem patrícia, cuidavam das finanças públicas, da administração e da política externa. As atividades executivas eram exercidas pelos magistrados.

Representação do Senado Romano
Fonte: http://www.estudokids.com.br/senado-romano-

origem-funcao-curia-fase-republicana-e-imperio/

Com o surgimento da República, os patrícios reservaram para si os cargos políticos, as magistraturas e os sacerdócios, os plebeus, excluídos da vida política, se organizaram e reagiram, resultando em vários conflitos. A insatisfação da plebe se intensificou com a Revolta do Monte Sagrado. Após esse episódio, os plebeus conquistaram maior participação política e melhores condições de vida. As maiores conquistas do plebeus foram:

  • A criação dos tribunos da plebe, magistratura que permita poder de veto sobre as decisões do Senado, garantindo a defesa dos direitos da plebe; 
  • A Lei das Doze Tábuas (A passagem do Direito consuetudinário para um código de leis escritas) foi um avanço político e uma conquista da plebe que, ameaçando a aristocracia, assegurou um código escrito que lhe garantia certos direitos; 
  • Lei Licínia, que garantia a participação dos plebeus no Consulado (dois cônsules eram eleitos: um patrício e um plebeu); 
  • Lei Séxtia, que garantia participação nos espólios de guerra para os plebeus; 
  • Lei Canuleia, que favorecia o casamento entre patrícios e plebeus, trazendo com isso uma nova organização social e casamentos por interesses financeiros; 
  • e, por fim, a Lei Licínia também aboliu a escravidão por dívidas, mas apenas para cidadãos romanos. 

Formação e Expansão do território Romano

Após expulsar os etruscos de Roma, os romanos expandiram seu território por toda a península itálica, a partir daí, os romanos partiram para as conquistas de outros territórios. Com um exército bem preparado e muitos recursos, venceram os cartagineses, liderados pelo general Anibal, nas Guerras Púnicas (século III a.C). Esta vitória foi muito importante, pois garantiu a supremacia romana no Mar Mediterrâneo. Os romanos passaram a chamar o Mediterrâneo de Mare Nostrum. O domínio do Mediterrâneo provocou sensíveis transformações sociais e econômicas Enriquecimento do Estado romano, aparecimento de uma poderosa classe de comerciantes, aumento do número de escravos.


Mapa: Guerras Púnicas
Fonte: http://vemfazerhistoria.blogspot.com.br/2008/

03/guerras-pnicas.html

Após dominar Cartago, Roma ampliou suas conquistas, dominando a Grécia, a Macedônia, a Gália, uma parte da Germânia, a Trácia, a Síria e a Palestina, e por fim o Egito. Com as conquistas, a vida e a estrutura de Roma passaram por significativas mudanças. O império romano passou a ser muito mais comercial do que agrário. Povos conquistados foram escravizados ou passaram a pagar impostos para o império. As províncias (regiões controladas por Roma) renderam grandes recursos para Roma. A capital do Império Romano enriqueceu e a vida dos romanos mudou.



*Sobre as Guerras Púnicas, tem um texto muito bom, publicado em:


A preocupação romana, com as guerras e a manutenção do império, não evitou que a religião tivesse grande importância na vida cotidiana. Nas suas crenças religiosas, os romanos eram politeístas e Imitaram os gregos em muitos princípios e na aceitação das divindades. Os romanos latinizaram os deuses, heróis e seres mitológicos gregos, adotando-os para si.

Conseqüências da Expansão Romana

  • Enfraquecimento da cidade de ROMA; 
  • Economia deixa de ser agrária passando a ser baseada no comércio; 
  • Empobrecimento dos pequenos agricultores; 
  • Aumento do número de escravos; 
  • Conflitos entre plebeus e patrícios; 
  • Crise no sistema republicano.
O território romano cresceu, trazendo o empobrecimento dos pequenos agricultores, que para fugir das dívidas vendiam suas propriedades aos ricos patrícios. Isso acarretou um problema social sem precedentes: Roma tinha um número enorme de escravos que faziam todo o trabalho; ricos patrícios e plebeus que possuíam tempo livre para investir em assuntos políticos; disputas entre patrícios e plebeus enriquecidos; e um êxodo rural que inflou as cidades da República com um enorme contingente de mendigos, ladrões e prostitutas. 

Em 133 a.C. os irmãos Tibério e Caio Graco, ambos Tribunos da Plebe, tentaram criar uma lei para a Reforma Agrária, mas foram assassinados e a lei anulada. Em 123 a.C., numa tentativa de amenizar a crise, assumiram o poder os Generais Mário e Sila, como cônsules, iniciando uma tradição romana, sempre que há uma crise os militares assumem o poder. 

Por volta do ano 100 a.C., os senadores, temendo o fim da República, criam os triunviratos, onde três cônsules, homens de diferentes seguimentos sociais governariam Roma ao mesmo tempo.

Primeiro Triunvirato 

  • Crasso (patrício) representava as elites ricas de Roma, morreu em seguida, numa batalha no Oriente. 
  • Pompeu (general) representava o exército. 
  • Júlio César (general) representava o povo, tinha um grande carisma entre as camadas mais humildes de Roma.
César e Pompeu lutam pela centralização do poder. Inicia uma guerra civil em Roma. Júlio César venceu Pompeu e assume o poder. Pompeu fugiu para o Egito onde acabou sendo assassinado. 

O faraó Ptolomeu XIV enviou de presente para Júlio César a cabeça de Pompeu, César horrorizado por receber a cabeça do adversário numa bandeja, destitui Ptolomeu do reinado egípcio, apoiando a posse da rainha Cleópatra. No processo de domínio romano o Egito, tornou-se um protetorado romano.
Julio César recebe a cabeça de Pompeu, No Egito
Fonte:  Série Roma, HBO: 2005 a 2007
Ao voltar para Roma, César iniciou um processo de reformas sociais:
  • combate a corrupção; 
  • diminuição de impostos; 
  • distribuição de trigo ao povo.
César passa a ter o apoio do povo (plebe), porém, sua decisão de nomear-se ditador vitalício fez com que ele fosse assassinado em pleno senado romano por senadores patrícios.

Segundo Triunvirato

  • Marco Antônio (general) representante do exército e do povo, tinha grande carisma entre o povo; 
  • Otávio (senador) herdeiro de Júlio César, acredita-se que era sobrinho de César, tinha apoio do senado; 
  • Lépido (patrício) representante da elite romano, logo foi afastado (morto).
Julio César (com a coroa de louros) e Marco Antonio
Fonte: Série Roma, HBO: 2005 a 2007

Marco Antônio e Otávio lutam pela unificação do poder. Novo período de disputas dentro da enfraquecida República Romana. Nesse processo, ocorre uma batalha definitiva entre as tropas de Marco Antonio e Otávio, em território egípcio. Otávio Augusto, vence Marco Antonio, conquista o Egito e funda o IMPÉRIO. Tornando-se o primeiro imperador de Roma.

O período imperial não traz grandes mudanças estruturais logo de início. O primeiro imperador, Otávio Augusto inaugura um período longo de prosperidade e conquistas, denominado de Paz Romana.  A partir dele, os imperadores passam a governar de forma vitalícia e o cargo não é necessariamente hereditário, embora muitos imperadores deixaram os cargos para seus filhos. O imperador indicava quem deveria ser seu sucessor.

Paz Romana (Pax Romana)


A Pax Romana, em latim "Paz Romana", é a denominação do longo período de relativa paz, gerada pelas armas e pelo autoritarismo, iniciado pelo imperador Otávio Augusto em 28 a. C. e que durou até a morte do imperador Marco Aurélio, em 180 d. C.

Nesse período a população romana viveu protegida do seu maior medo, os povos "bárbaros". Sim, os romanos já os conheciam. Júlio César lutou na Gália para dominá-los, havia também os germânicos e os temidos hunos. Povos que viviam nos limites do território romano e que se não fossem vencidos, seriam um grande incômodo.


Pax Romana era uma expressão já usada na época, possuindo um sentido de segurança, ordem e progresso para todos os povos dominados por Roma. Otávio Augusto ao inserir essa estratégia garantia empregabilidade para funcionários nas diversas províncias do extenso território, além de guarnecer as províncias com efetivo militar constante. Garantindo assim que todo cidadão romano, ou uma boa parcela, teria emprego. Devemos lembrar que o aumento territorial trouxe problemas pois o aumento de escravos garantiu que a mão de obra livre praticamente deixasse de existir, a não ser em postos administrativos e no exército.

http://www.catholiclane.com/wp-content/
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Esse efetivo militar, ao se inserir nas diversas e longínquas províncias, além de garantir a paz, garantia também a romanização dessas regiões - eram regiões com povos, línguas e costumes diferentes, portanto as tensões, ameaças e focos de revoltas eram constantes. a presença dos soldados mantinha as condições de tranquilidade e paz, segurança e ordem pública. Os soldados construíam aquedutos, estradas, edifícios administrativos, além de servirem a um código profissional rígido de disciplina e organização, que serviam como exemplo para os povos submetidos. Era uma paz armada e apenas possível com a presença das legiões, mas era a única forma de atingir uma harmonia mínima e foi devido à presença militar que a presença romana se difundiu.

Império Romano na época de Trajano - 117d.C.
https://commons.wikimedia.org/wiki/
File:Roman_Empire_Trajan_117AD.png

Cristianismo



Na província da Palestina havia, até o século Ia.C., única religião monoteísta do Império, a judaica. O rigor monoteísta do judaísmo colocava dificuldades à política de tolerância religiosa romana. O povo de Israel e de Judá estavam constantemente se revoltando contra a dominação romana, o que causava problemas para os romanos. Embora, a religião judaica fosse considerada legítima conflitos políticos e religiosos tornaram-se irreconciliáveis fazendo com que os romanos demonstrassem todo seu poder bélico contra o reino de Israel, saqueando a cidade de Jerusalém, destruindo o templo da cidade e dispersando o povo, no episódio denominado de Diáspora dos hebreus, ocorrida no ano de 70 d. C. 
A mesma tolerância não ocorreu com uma outra religião monoteísta surgida também na Palestina e que teve os seguidores perseguidos, pois seu líder e fundador foi crucificado.

O Cristianismo surgiu como uma religião proibida. 
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o-cristianismo-surgimento-caracteristicas-e-conflito-estado-x-igreja.jpg


O cristianismo surgiu na província da Judeia, no século I d.C., enquanto seita religiosa judaica. A religião expandiu-se gradualmente até Jerusalém, estabelecendo inicialmente centros importantes em Antioquia e Alexandria, e a partir daí por todo o império. As perseguições oficiais foram muito poucas e esporádicas e a maior parte dos martírios ocorreu por iniciativa de autoridades locais.

Durante o início do século IV, Constantino tornou-se o primeiro imperador a converter-se ao cristianismo, colocando fim às perseguições, com o Édito de Tolerância. O imperador Juliano realizou uma breve tentativa de reavivar as religiões tradicionais e de reafirmar o estatuto especial do judaísmo. No entanto, em 391 e durante o governo de Teodósio, o cristianismo tornou-se a religião oficial do império, excluindo todas as outras, com o Édito de Milão. 
A partir do século II, os "Padres da Igreja" também chamados de "Pais da Igreja", bispos das principais cidades do Império, se reuniam, para organizar os dogmas oficiais e  começaram a condenar, adaptar ou adotar as restantes práticas religiosas, denominando-as coletivamente por "pagãs". 
Ao mesmo tempo, foram rejeitados apelos à tolerância religiosa por parte de tradicionalistas e o monoteísmo cristão tornou-se uma das características do domínio imperial. Todos os hereges (aqueles que estavam um pouco fora do dogma oficial) e não cristãos estavam sujeitos a ser perseguidos ou excluídos da vida pública. No entanto, as práticas cristãs foram influenciadas por grande parte da hierarquia religiosa romana e por muitos aspetos dos rituais romanos, e muitas destas práticas sobrevivem ainda através de festivais e tradições locais cristãs.


Diocleciano e Constantino

O imperador Diocleciano (reinado de 284 d.C. – 305 d. C.) adotou o título domine (mestre ou lorde), assumindo um império com uma postura semelhante a uma monarquia absoluta que se prolongaria de 284 até à queda do Império Romano do Ocidente em 476. Diocleciano impediu que o império entrasse em colapso. Durante seu reinado, o cristianismo foi duramente perseguido. 

O governo de Diocleciano dividiu o império numa Tetrarquia de quatro regiões, cada uma governada por um imperador distinto. Em 313, a tetrarquia entrou em colapso, vários imperadores se sucederam em uma série de guerras de sucessão. Ao final dessas guerras, Constantino (reinado de 306–337) emergiu como único imperador e o primeiro a converter-se ao cristianismo, estabelecendo Constantinopla como capital do Império do Oriente. 
Ao longo das dinastias constantina e valentiniana, o império encontrava-se dividido numa metade ocidental e outra oriental, sendo o poder partilhado por Roma e por Constantinopla. A sucessão de imperadores cristãos foi brevemente interrompida por Juliano (reinado de 361–363), que tentou restaurar as religiões romana e helenística. Teodósio I (reinado de 378–395), o último imperador a governar o império oriental e ocidental, morreu em 395, após ter decretado o cristianismo a religião oficial do império, com o Édito de Milão.
Divisão do Império
https://pt.wikipedia.org/wiki/
Ficheiro:Theodosius_I%27s_empire.png

Fragmentação e declínio

O império Romano estava sofrendo com os povos considerados "bárbaros", germânicos, gauleses, celtas, e o líder dos hunos - o mais notável dos quais Átila, o Huno (reinado de 434–453).
Átila, o Huno. Capa do filme de 2001
http://filmes.film-cine.com/atila-o-huno-m11818

A partir do início do século V, o Império Romano começou a fragmentar-se, uma vez que o elevado número de migrações dos povos germânicos era superior à capacidade do império em assimilar os migrantes. Embora o exército romano fosse eficaz a repelir os invasores, o império tinha assimilado de tal forma povos germânicos com lealdade duvidosa a Roma que o império se começou a desmembrar a partir de si próprio. A maior parte dos historiadores data a Queda do Império Romano do Ocidente em 476, ano em que Rômulo Augusto (reinado de 475–476) foi deposto pelo líder ostrogodo Odoacro (reinado de  476–493). 
No entanto, em vez de assumir para si o título de imperador, Odoacro submeteu-se ao domínio do Império Romano do Oriente, terminando assim a linha de imperadores ocidentais. Ao longo do século seguinte, o império oriental, conhecido atualmente como Império Bizantino, foi perdendo progressivamente o domínio da parte ocidental. O Império Bizantino terminou em 1453, com a morte de Constantino XI (r. 1449–1453) e a conquista de Constantinopla pelo Império Otomano.

Para ajudar no seu estudo, aqui no blog há uma Lista de filmes sobre Roma
Se quiser, também há uma lista de Vídeos sobre Roma Antiga


Sobre cultura romana, escreveremos outro artigo