18 março 2020

Tira-dúvidas especial para o 6º ano - Quarentena de 2020

Queridos alunos 

Nesse momento em que estamos fazendo uma quarentena, buscando a prevenção de uma pandemia, é fundamental que sejamos responsáveis. 

Não é hora de ficar saindo de casa, a menos que seja inevitável. Não é o momento de visitar idosos ou famílias com crianças pequenas, a menos que seja inevitável. 

Não estamos de férias, estamos em um período de isolamento social, para garantir nossa saúde e a saúde dos nossos amigos, familiares e dos colegas do nosso colégio. 

Leia com atenção as orientações que foram passadas pelo CVM, lá tem as atividades que vamos fazer nesse período de suspensão de aulas. As atividades de História são bem fáceis de se fazer. 

Leia com calma as orientações e se você já leu com toda atenção e ficou com alguma dúvida, pode aproveitar esse espaço para conversar comigo. 

Deixe seu comentário, com sua dúvida aqui nessa postagem. 

Não esqueça de colocar seu nome e turma, para que eu saiba com quem estou conversando. 

Bons estudos a todos. 

Beijinhos da profe


Tira-dúvidas especial para o 9º ano - Quarentena de 2020

Queridos alunos 

Nesse momento em que estamos fazendo uma quarentena, buscando a prevenção de uma pandemia, é fundamental que sejamos responsáveis. 

Não é hora de ficar saindo de casa, a menos que seja inevitável. Não é o momento de visitar idosos ou famílias com crianças pequenas, a menos que seja inevitável. 

Não estamos de férias, estamos em um período de isolamento social, para garantir nossa saúde e a saúde dos nossos amigos, familiares e dos colegas do nosso colégio. 

Leia com atenção as orientações que foram passadas pelo CVM, lá tem as atividades que vamos fazer nesse período de suspensão de aulas. 

Se você já leu com calma as orientações das atividades e ficou com alguma dúvida, pode aproveitar esse espaço para conversar comigo. 

Deixe seu comentário, com sua dúvida aqui nessa postagem. 

Não esqueça de colocar seu nome e turma, para que eu saiba com quem estou conversando. 

Bons estudos a todos. 

Beijinhos da profe


Tira-dúvidas especial para o 3º ano - Quarentena de 2020

Queridos alunos 

Nesse momento em que estamos fazendo uma quarentena, buscando a prevenção de uma pandemia, é fundamental que sejamos responsáveis. 

Não é hora de ficar saindo de casa, a menos que seja inevitável. Não é o momento de visitar idosos ou famílias com crianças pequenas, a menos que seja inevitável. 

Não estamos de férias, estamos em um período de isolamento social, para garantir nossa saúde e a saúde dos nossos amigos, familiares e dos colegas do nosso colégio. 

Leia com atenção as orientações que foram passadas pelo CVM, lá tem as atividades que vamos fazer nesse período de suspensão de aulas. 

Se você já leu com calma as orientações das atividades e ficou com alguma dúvida, pode aproveitar esse espaço para conversar comigo. 

Deixe seu comentário, com sua dúvida aqui nessa postagem. 

Não esqueça de colocar seu nome e turma, para que eu saiba com quem estou conversando. 

Bons estudos a todos. 

Beijinhos da profe


Tira-dúvidas especial para o 1º ano - Quarentena de 2020

Queridos alunos do 1º ano do CVM


Nesse momento em que estamos fazendo uma quarentena, buscando a prevenção de uma pandemia, é fundamental que sejamos responsáveis. 

Não é hora de ficar saindo de casa, a menos que seja inevitável. Não é o momento de visitar idosos ou famílias com crianças pequenas, a menos que seja inevitável. 

Não estamos de férias, estamos em um período de isolamento social, para garantir nossa saúde e a saúde dos nossos amigos, familiares e dos colegas do nosso colégio.

Leia com atenção as orientações que foram passadas pelo CVM, lá tem as atividades que vamos fazer nesse período de suspensão de aulas.

Se você já leu com calma as orientações das atividades e ficou com alguma dúvida, pode aproveitar esse espaço para conversar comigo.

Deixe seu comentário, com sua dúvida aqui nessa postagem.

Não esqueça de colocar seu nome e turma, para que eu saiba com quem estou conversando.

Bons estudos a todos.
Beijinhos da profe


27 fevereiro 2020

Patrimônio Histórico

Você já se perguntou o que é um Patrimônio Histórico? Para que isso serve? Será que todos os países cuidam de sua História e será que há aqueles que a querem destruir? E porquê a destruiriam?

Vamos refletir um pouco sobre essas perguntas.

De uma maneira bem simplificada, Patrimônio Histórico é todo bem natural, material ou não, imóvel ou não, que tem significado e importância histórica, artística, documental, cultural, religiosa e estética para um determinado grupo de pessoas.

Ele serve para preservar nossa História, pois é um vestígio de nosso passado, de nossa cultura e de nossa sociedade. É possível descobrir muitas coisas sobre nossa História ao se observar um objeto tido como patrimônio.

Durante muito tempo, as sociedades humanas não se preocuparam em preservar esses objetos de manutenção de memória. Porém, no mundo atual, que passa por mudanças muito rápidas e por um processo de globalização que pode contribuir para uma massificação cultural (ou seja, perdermos nossa identidade cultural), os governos e entidades não governamentais passaram a ser preocupar em preservar esses vestígios culturais, artísticos, históricos etc.

Cada povo tem sua própria trajetória e seu próprio processo histórico, portanto preservar o Patrimônio é uma forma de assegurar a preservação da História. 

Isso nos leva à perguntas: será que todos os governos estão preocupados com isso?

Infelizmente não! E por quê? Justamente porque para construir uma nação manipulada, acrítica e submissa a interesses de grupos dominantes, é necessário acabar com sua História ou reconstruí-la de acordo com o interesse desses grupos dominantes.

Um bom exemplo disso foi a chamada Revolução Iraniana, que transformou o Irã de uma monarquia autocrática, com acordos comerciais com o Ocidente, em um Estado teocrático islâmico, que beira o fundamentalismo religioso. 

Não vou me estender nesse assunto aqui, mas é importante ressaltar que para que as mudanças políticas se instalassem, foi necessário toda uma mudança de comportamento, imposições, cassação de direitos, coação, ameaças e muita violência. Passando também por um revisionismo histórico, modificando o registro da História do país para legitimar o regime que foi instalado.

Mulheres do Irã

26 fevereiro 2020

Escola dos Annales ou Nova História

A Escola dos Annales foi um movimento historiográfico surgido na França, durante a primeira metade do século XX, especificamente a partir de 1929, com a publicação da revista Annales d’Histoire Économique et Sociale, fundada pelos historiadores Lucien Febvre e Marc Bloch. 

Com os artigos da revista, uma nova forma de ver e estudar a História passou a entrar em vigor. Ao longo da década de 1930, vários historiadores entraram nessa discussão, buscando livrar a História de uma visão positivista, substituindo as narrativas que visavam apenas eventos isolados e feitos de grandes nomes (típicas do positivismo), por análises de grandes estruturas, com períodos mais longos, com a finalidade de permitir maior e melhor compreensão das mentalidades que estiveram presentes durante as mudanças estruturais das sociedades.

Essa nova forma de perceber a História foi impactante e renovadora, questionando a historiografia tradicional positivista e apresentando novos elementos para o conhecimento das sociedades. 

A metodologia dos historiadores dos Annales buscava apresentar uma História bem mais ampla e vasta do que a que era praticada até então, apresentando todos os aspectos possíveis da vida humana ligada à análise das estruturas. Entre as novas visões abordadas estava o argumento de que o tempo histórico possui ritmos diferentes para acontecimentos diferentes. 

Ao verificar que a História não é apenas uma sequência de episódios e que há muitos mais sujeitos envolvidos que apenas os nomes famosos, os historiadores buscaram outras fontes históricas, outras áreas e outros referenciais teóricos para embasar suas pesquisas. Foram incorporados os domínios da economia, da organização social e da psicologia das mentalidades. Criando uma visão interdisciplinar para a metodologia da pesquisa histórica, trazendo para perto da História a Sociologia, as Ciências Sociais, a Psicologia, a Geografia e muitas outras.

 A Escola dos Annales teve algumas gerações, que trouxeram modificações internas no próprio movimento. Ela trouxe uma importante marca para a historiografia e continua existindo até hoje. Desde seu início, ela passou por 4 gerações ou 4 fases, com nomes importantes em cada uma delas. A primeira, identificada principalmente pelos seus criadores Marc Bloch e Lucien Febvre; a segunda geração, surge me torno de  1950, tem como principal expoente a produção de Fernand Braudel; a terceira geração passou a contar com uma identificação mais plural e mais interdisciplinar, os principais nomes são Jacques Le Goff e Pierre Nora; já a quarta geração, que se iniciou a partir de 1989, traz como forte referência a chamada História Cultural e os grandes nomes que a representam são, por exemplo, Georges Duby e Jacques Revel.

Atualmente, os temas históricos abordados por seguidores da Escola dos Annales seguem nos caminhos mais variados possíveis, há os que estudam a relação da História com a Literatura, com a mitologia, com as crenças, religiões, questões psicológicas, moda, objetos, etc.

Para saber mais, veja o vídeo Escola dos Annales

BURKE, Peter. A Escola dos Annales: 1929-1989. São Paulo: Edit. Univ. Estadual Paulista, 1991.

Escola de Frankfurt

A Escola de Frankfurt surgiu em 1924, especialmente em torno de pensadores vinculados ao Instituto de Pesquisa Social, que nasceu como um projeto de intelectuais vinculados à Universidade de Frankfurt, na Alemanha.

Um círculo de filósofos e cientistas sociais, de mentalidade marxista, passam a pensar que a economia é importante, mas não é a única estrutura que molda ou modifica a sociedade. Esses pensadores criaram a chamada Teoria Crítica da Sociedade, que era a aliança das ideias marxistas com a psicanálise, com a sociologia, com a análise crítica do cotidiano.

Seus principais integrantes eram Theodor Adorno, Max Horkheimer, Walter Benjamin, Herbert Marcuse, Leo Löwenthal, Erich Fromm, Jürgen Haberman entre outros. 

Os frankfurtianos (filósofos da Escola de Frankfurt) foram pegos de surpresa pela Revolução Russa, em 1917, viram assustados o aparecimento do regime fascista e a implantação do nazismo na Alemanha. Por serem de uma corrente marxista, muitos deles eram também judeus, esses filósofos foram perseguidos a  partir de 1933. Essa perseguição marcou profundamente cada um desses pensadores, eles se tornaram nômades, viajando pela Europa e migrando para os EUA. 


A Teoria Crítica, desenvolvida pelos frankfurtianos, visa criticar e mudar a sociedade como um todo e não apenas analisá-la e explicá-la. Essa corrente procura entender os formas de relação entre os grupos sociais, examinando as condições sociais revelando as estruturas ocultas nos jogos de poder, analisando as formas de manutenção de opressões com o objetivo de promover mudanças nas condições que afetam nossa vida.


Além da Teoria Crítica, outra importante contribuição dos frankfurtianos foi a elaboração do conceito de Indústria Cultural. Os autores responsáveis por esse postulado são Theodor Adorno e Max Horkheimer, para os quais a consciência coletiva de nossa sociedade é massificada por produções não artísticas, ou seja, os meios de entretenimento são produtos para massificação da consciência, estratificada em classes - superior ou inferior, dominantes ou dominados - sendo exclusivamente dependentes do mercado.

Para deixar melhor explicado, a Indústria Cultural é a transformação da Cultura em um produto vendável e em uma forma de vender outros produtos, oferecendo satisfação compensatória e efêmera (rápida), que agrada aos indivíduos, deixando-os viciados, alienados e acríticos. 

Por exemplo: para as classes dominantes, a leitura dos clássicos é incentivada, as encadernações dos livros é luxuosa, em versões de colecionador, que ficam belíssimos enfileirados nas prateleiras de um escritório ou biblioteca particular; para os grupos médios, esses mesmos clássicos são disponibilizados em versões de bolso, resumidas, sem as partes críticas e que permitem reflexões, em traduções não tão bem feitas, muitas vezes sem uma revisão, com erros de digitação, sem explicações de rodapé, sem o capricho editorial e as vezes ainda vem em versões em quadrinhos, para "ficar mais fácil", tratando essas pessoas como menos capazes de entender a obra original; já para os grupos mais humildes da sociedade, esses clássicos nem se apresentam na forma de leitura,  mas sim como uma "releitura", uma história diferente, simplificada, trazendo o ambiente do clássico para o dia a dia do povo, como um folhetim, uma narrativa de jornal ou revista, como o roteiro de uma novela, de um filme ou seriado, tirando todas os questionamentos, todas as críticas, todas as passagens que seriam para uma reflexão.


Dialética

Dialética significa "caminho entre as ideias". A Dialética é um método de diálogo cujo foco é a contraposição e contradição de ideias que levam a outras ideias e que tem sido um tema central na filosofia ocidental e oriental desde os tempos antigos.

De forma bem simples, a Dialética é uma forma de discurso, ou contraposição de ideias, no qual uma ideia é exposta primeiramente, sendo formulada uma tese. Para essa primeira ideia formulada, são contrapostas perguntas, argumentos ou mesmo ideias contrárias, sendo uma anti tese, ou antítese. Na diálogo dessas duas ideias, formulasse um apanhado de tudo o que foi discutido, formando a síntese.

Explicamos aqui de forma muito simples e rápida, porém vários filósofos utilizaram o método dialético para suas proposições teóricas, tais como Johann Gottlieb Fichte, Georg Wilhelm Friedrich Hegel, Karl Popper, Immanuel Kant e Karl Marx.

Materialismo Histórico

O materialismo histórico é uma abordagem metodológica ao estudo da sociedade, da economia e da história que foi pela primeira vez elaborada por Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895), apesar de eles próprios nunca terem empregado essa expressão.

Essa talvez seja a corrente historiográfica mais mal entendida e a mais complexa para ser determinada.

Primeiramente, é necessário deixar de lado todo e qualquer pensamento pré estabelecido, ou pré conceito. Se você nunca leu os escritos do Marx e apenas ouviu falar dele por meio de outros. Peço que esqueça ideias passadas de "segunda mão". 

Não vou aqui falar do Marx, nem do Engels (para quem quiser saber mais, escrevi outra postagem sobre a história do Marx, no link: Uma breve história de Karl Marx). 

Não vou ficar abordando os conceitos de "socialismo", "ditadura do proletariado" ou de "mais valia". Porém, para entender o que é o materialismo histórico, é necessário entender o que Marx considerava como "luta de classes".

Sobre o método dialético, veja mais em: Dialética

De acordo com Marx e Engels, as mudanças que ocorrem na história de uma sociedade não são determinadas por ideias ou valores. Eles defendiam que essas mudanças ocorriam influenciadas pela vida material, ou melhor, pela situação econômica. Portanto, ao se alterar a forma de produção de uma sociedade, alterações importantes ocorrerão. 

Por exemplo, o Japão era um país feudal, até o século XIX. As terras ficavam nas mãos de grandes senhores feudais, os xoguns, que possuíam uma casta de nobres, arrendatários de terras desses xoguns, seus vassalos e braços armados, os samurais. Na Era Meji, o imperador decidiu industrializar o império, iniciando uma guerra contra os samurais, confiscando suas terras dos xoguns e acabando com o sistema feudal japonês. Segundo uma visão materialista, foi a mudança dos modo de produção, de agrícola para industrial, que modificou todas as estruturas do Japão. 

Claro que existe muito mais envolvido, entretanto, para o materialismo histórico, apenas o viés econômico deveria ser levado em conta para analisar todos os demais. Porque, segundo essa corrente, as respostas para os fenômenos sociais estão inseridas nos meios materiais dos sujeitos. 

Para Marx "o modo de produção da vida material condiciona o processo da vida social, política e espiritual em geral. Não é a consciência do homem que determina o seu ser, mas, pelo contrário, o seu ser social é que determina a sua consciência." (MARX, K. Para a crítica da economia política. Tradução de José Arthur Giannotti e Edgar Malagodi. São Paulo: Nova Cultural, 1987. Coleção “Os Pensadores”. p. 30).

Isso quer dizer que o modo de produção da vida material condiciona o processo da vida social, política, econômica e espiritual em geral. Diferentes situações materiais, formam diferentes sociedades, bem como diferentes situações de subsistência material, ou seja, diferentes acessos à sobrevivência, formam diferentes grupos sociais, gerando as classes sociais. Essa diferença seria, para Marx, vetor de conflitos entre grupos de indivíduos submetidos a realidades materiais diferentes: ricos x pobres; industriais x operários; burgueses x proletários; privilegiados x oprimidos; etc. 

Esse seria um processo contínuo e movido pela incessante "luta de classes", entendida como a força que empurraria a história adiante. Pois para o Materialismo Histórico, as classes sociais sempre estarão em conflito generalizado entre si, uma vez que o caráter positivo da realidade de uma sempre resultará em resultados negativos para as outras. 

Assim como os pequenos mercadores burgueses uniram-se e derrubaram a ordem estabelecida no período feudal, a luta de classes entre proletários e burgueses movimentaria novamente a roda da história em favor de um ou de outro. 

Dessa forma, para Marx, a história é o processo das ações humanas, mas os homens agem dentro dos condicionamentos herdados do seu passado: "os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha, e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado”. (MARX, Karl. O Dezoito Brumário de Louis Bonaparte. São Paulo: Centauro, 2006, p.7).


MARX, Karl. Introdução à Contribuição para a Crítica da Economia Política - Prefácio. Edições Progresso: Lisboa - Moscou, 1982. 
MARX, Karl. O Dezoito Brumário de Louis Bonaparte. São Paulo: Centauro, 2006. 
MARX, K. Para a crítica da economia política. Tradução de José Arthur Giannotti e Edgar Malagodi. São Paulo: Nova Cultural, 1987. Coleção “Os Pensadores”.

25 fevereiro 2020

Positivismo


O positivismo é uma corrente filosófica que surgiu na França no começo do século XIX. Os principais idealizadores do positivismo foram os pensadores Auguste Comte e John Stuart Mill. Esta escola filosófica ganhou força na Europa na segunda metade do século XIX e começo do XX e influenciou várias áreas do conhecimento e vários campos da sociedade.

Muitos movimentos republicanos foram influenciados pelo positivismo, que era uma teoria, ou melhor, uma corrente teórica, inspirada no ideal de progresso contínuo da humanidade. O pensamento dos positivistas seguiam a ideia de que existe uma tendência ao progresso, à evolução continuada, ao constante aperfeiçoamento.

O progresso, segundo Comte, é uma constatação histórica. Dessa forma, August Comte, que foi o criador do positivismo, postulou o termo "Ciências Positivas", que são as ciências que estudam esse progresso humano, como a Sociologia e a História.

As ideias de Comte influenciaram as pesquisas de John Stuart Mill, que trouxe para o Positivismo uma abordagem mais ética e moral. Isso contribuiu para a formulação dessa teoria política positivista, fundamentada na ordem e no conhecimento, para alcançar o progresso.

Dessa forma, o Positivismo acabou influenciando várias áreas do conhecimento e serviu como base para o estabelecimento dos métodos científicos contemporâneos (para o século XIX, claro).

Assim, os positivistas que separaram as áreas do conhecimento por módulos, campos de saber, "quadradinhos" bem definidos. Por exemplo, Geografia só estuda questões geográficas; História só estuda os fatos relevantes e os grandes nomes da História; a Sociologia estuda as modificações sociais, etc.

No campo de História, os períodos foram delimitados - Pré-História (que é um conceito puramente positivista, uma vez que para eles, só tem valor para a História os fatos retirados dos documentos, os únicos testemunhos do real, logo se não há documento, não há história. Por isso chamaram toda a produção das sociedades ágrafas, sem escrita, de "pré" históricas); Idade Antiga, Idade Média (embora esse termo tenha sido cunhado pelos Renascentistas, os Positivistas mantiveram o nome); Idade Moderna e Contemporânea (que seria exatamente a época da qual esses positivistas eram contemporâneos.

Para esses filósofos o conhecimento verdadeiro só poderia ser obtido por meio da experimentação e pelo aferimento científico. Assim, o progresso somente pode ser medido pela evolução científica.

A própria ideia de "evolução", progresso", de delimitação de estágios de avanço tecnológico para definir qual sociedade é mais "evoluída" que outra é uma característica positivista.

Para saber mais sobre o Positivismo, acesse os links abaixo:

Positivismo

O que é o Positivismo de August Comte?

24 fevereiro 2020

Historiografia

De uma forma bastante didática, podemos dizer que a palavra "historiografia" significa literalmente, a escrita da História. A palavra "História" vem do grego e significa pesquisa. Já “grafia”, que também vem do grego, significa escrita. Sendo assim, o próprio nome já contém o sentido mais claro da expressão, isto é, “escrita de uma pesquisa” ou “pesquisa que precisa de uma forma escrita, ou melhor, de uma narrativa”. De forma sucinta: a escrita da História.



A historiografia, ou a escrita da história, permeia toda a história das civilizações desde suas primeiras manifestações. Todas as civilizações que tiveram alguma forma de registro escrito, mesmo pictográfico, desenvolveram a sua "escrita da História". Nesse processo de escrita da história da Antiguidade, por diversas vezes a história esteve entrelaçada com relatos orais, tradições, religiosidade e com os mitos ou com a narrativa mitológica.



Os gregos foram os primeiros a sistematizar a escrita da História independente de lendas e dos mitos. Heródoto foi o primeiro a organizar essa forma de escrita da História, por isso ele é considerado o "pai da História".

os gregos também foram os primeiros a terem  a consciência de produzir sua pesquisa com a finalidade de "não deixar os fatos e feitos" de sua época se perderem. Os romanos, herdeiros de várias tradições gregas, também desenvolveram sua própria historiografia, com nomes que são importantes fontes históricas hoje, como Cícero, Políbio e Tácito.

Os primeiros cristãos também desenvolveram importantes obras de historiografia, como São Jerônimo, Santo Agostinho e Eusébio de Cesareia. Muitos historiadores muçulmanos e cristãos registraram os episódios do período medieval em obras historiográficas. Os relatos de jesuítas são importantes fontes historiográficas sobre o processo de colonização do continente americano. 

Entretanto, somente no século XIX que a História passou a ser vista como uma área científica propriamente dita, passando a contar com metodologias científicas próprias, desenvolvidas para as especificidades dessa área do conhecimento. Essa primeira corrente científica da História, também chamada de corrente historiográfica foi chamada de Positivismo.

Atualmente, as correntes historiográficas são divididas conforme a orientação metodológica, ideológica ou mesmo nacional dos historiadores. Há a historiografia dita tradicional ou positivista; existe uma historiografia conservadora; existe a corrente desenvolvida por Marx e Engels, chamada de Materialismo Histórico; há correntes marxistas, que se desviaram metodologicamente dos princípios fundamentados por Marx, como é o caso dos historiadores da Escola de Frankfurt; existe a corrente da Nova História, também chamada de Escola dos Annales; assim como há a historiografia francesa, inglesa, brasileira, etc.

Tem um vídeo bem bacaninha sobre as Corrente Historiográficas, no link abaixo:
Correntes historiográficas

Para saber mais sobre o Positivismo, acesse os links abaixo:
Positivismo

Para saber mais sobre o Materialismo Histórico, acesse os links abaixo:
Materialismo Histórico

Se quiser saber mais sobre a Escola de Frankfurt, deixo para você os links abaixo:
Escola de Frankfurt

Para saber mais sobre a Nova História ou sobre a Escola dos Annales, os links estão abaixo:
Escola dos Annales ou Nova História

E, por fim, os links para saber mais sobre a historiografia brasileira, deixo os links abaixo:

19 fevereiro 2020

Tia Ciata, a mãe do samba

Hilária Batista de Almeida, chamada carinhosamente de Tia Ciata, nasceu no recôncavo baiano, na cidade de (Santo Amaro da Purificação, 1854 — Rio de Janeiro, 1924). 
Ela cedeu sua casa e sua vida para fortalecer e preservar as raízes africanas, sendo um exemplo de resistência, que manteve o samba vivo.
Tia Ciata morava na Praça Onze, no centro do Rio de Janeiro, local habitado por judeus, negros e imigrantes. Sua casa, chamada de "Pequena África", foi o ponto de encontro de capoeiras, candomblecistas, compositores, cantores e músicos. Os encontros eram repletos de conversas sobre solidariedade, preservação da cultura, política e religião, ao  sabor da culinária saborosa de Ciata e ao som das rodas de samba.  
Praça Onze, o carnaval brasileiro começou nesse local, onde os blocos carnavalescos se encontravam, lugar de lançamento das marchinhas de carnaval.

Foi em seu quintal que o compositor Donga compôs o primeiro samba gravado no Brasil, a música "Pelo Telefone" foi registrada em 27 de novembro de 1916, na Biblioteca Nacional.
A música foi censurada e precisou ter a letra alterada para poder ser gravada. 
Na versão original dizia: "O chefe da polícia, pelo telefone, manda avisar, que na carioca tinha uma roleta para se jogar". Essa é uma crítica bem-humorada, uma vez que a polícia combate o crime, o chefe da polícia não avisaria sobre um jogo de azar, que era proibido. 
Mas ao ser censurada, a música foi gravada da seguinte forma: "O chefe da folia, pelo telefone, manda avisar, que com alegria, não se questione, para se brincar", fazendo alusão às brincadeiras de carnaval, a folia. 

Se quiser ouvir a música, na versão censurada, na voz de Donga, clique no link ao lado: Pelo Telefone, versão censurada, com a voz de Donga
Já a versão original da letra, foi gravada por Martinho da Vila, se quiser ouvir, clique no link ao ladoPelo Telefone, com Martinho da Vila

Tia Ciata começou sua vida como cozinheira e tornou-se mãe de santo (sacerdotisa do Candomblé). Ela chegou ao Rio aos 22 anos de idade, onde vivia de vender comidas baianas pelas ruas da cidade.

Por ser mãe de santo, era sempre procurada para conselhos, benzimentos e curas. Chegou a curar a perna do presidente da República, Wenceslau Brás. Dessa forma, ela tornou-se um símbolo da resistência negra pós abolição. Ajudando a preservar o candomblé, quando a religião era proibida; auxiliando a manter a prática da capoeira, que também era proibida, fundando as bases do samba, que na época era visto como "coisa de vagabundo".
Atualmente, ela também é vista como um símbolo de luta feminina, símbolo do feminismo negro. No final de agosto de 2017, o coletivo Mulheres de Pedra lançou um documentário curta-metragem sobre seu protagonismo na cultura do País. 

Assista ao trailer, no link ao lado: Trailer do filme Tia Ciata

O marido de Tia Ciata, João Batista da Silva, morreu em 1910, época em que Tia Ciata já era considerada uma autoridade e uma estrela no meio do samba carioca, ela era respeitada e tinha popularidade, seu nome era mais famosos que qualquer personalidade negra da época. Todo o ano, durante o Carnaval, armava uma barraca na Praça Onze, onde eram lançadas as marchinhas, que ficariam famosas no Carnaval da cidade. Tia Ciata morreu em 1924, em data incerta, na cidade do Rio de Janeiro.


MOURA, Roberto. Tia Ciata e a Pequena África no Rio de Janeiro. FUNARTE, 1983
OLIVEIRA, Eduardo (org). Quem é quem na negritude brasileira. São Paulo, Congresso nacional, 1998.
SILVA, Lucia. Luzes e Sombras na cidade: no rastro do castelo e da Praça Onze. SP, PUC, 2002

Apostila do 9º ano - Gabarito dos exercícios das páginas 286 e 287


Esses exercícios estão presentes na apostila do 1º bimestre do 9º ano, da Editora FTD. Serve para o estudo de meus alunos.

1. Leia com atenção o texto a seguir, que aborda a Constituição de 1891. Depois, responda às questões. 

a) De acordo com o texto, quais setores da população ficaram sem o direito de participação política? 
Os setores impedidos de participar da política referiam-se aos pobres, aos mendigos, às mulheres, aos menores de idade, aos praças (soldados rasos) e aos membros de ordens religiosas.
b) Quais mudanças propostas pela Constituição o autor do texto considera “inspiração democratizante”? 
A eliminação do Poder Moderador, do Senado vitalício e do Conselho de Estado e a introdução do federalismo.
c) Qual é o posicionamento do autor do texto em relação à Constituição de 1891? Para ele, quais setores da sociedade foram favorecidos pelas medidas adotadas? 
O autor do texto afirma que, mesmo com algumas medidas de caráter democratizante, a Constituição não conseguiu favorecer o povo, já que não instituiu um significativo aumento da cidadania. Para ele, os setores dominantes rurais e urbanos foram os beneficiados pelas leis aprovadas.

2. Explique como funcionava a política dos governadores no início da República. 

Era um sistema em que o presidente apoiava os governadores, que forneciam apoio aos coronéis. Estes, por sua vez, manipulavam a população para votarem em seus candidatos, mantendo-os no poder.

3. O que explicava a expressão “voto de cabresto”? Explique. 
Voto de cabresto é uma expressão para se referir a uma prática comum no início da República, em que os coronéis manipulavam e coagiam a população a votar nos candidatos apoiados por eles, com o objetivo de obterem apoio político.
4. Leia a manchete a seguir e responda às questões 

a) Qual é o tema abordado na manchete?
O tema abordado traz uma denúncia de prática de voto de cabresto na atualidade, no Rio de Janeiro