22 outubro 2014

Características do renascimento



Os homens do Renascimento tinham clara consciência de que viviam em uma época distinta da Idade Média — tanto que foram os primeiros a dividir os tempos históricos em Antigüidade (definida pela cultura greco-romana), Medievo (marcado, segundo eles, por uma cultura de origem predominantemente bárbara) e Modernidade (caracterizada como uma época de progresso cultural, graças à redescoberta da civilização clássica). Os renascentistas menosprezavam a cultura da Idade Média, considerando-a absolutamente inferior à da Antigüidade.

Anjos de Rafael di Sanzio
Fonte: www.ebah.com.br

Os elementos mais importantes do Renascimento eram:

1. Retomada da cultura clássica ou a valorização da cultura greco-romana, como paradigma no plano intelectual e artístico

Denominamos de cultura clássica o conjunto de obras literárias, filosóficas históricas e de artes plásticas produzidas pelos gregos e pelos romanos na Idade Antiga. Os pensadores do Renascimento queriam , acima de tudo, conhecer, estudar e aprender os textos da cultua clássica, vistos como portadores de reflexões e conhecimentos que mereciam ser recuperados. É importante salientar que a retomada dos textos da cultura greco-romana teve como objetivo o conhecimento de outras formas de pensar, não para copiá-las, mas sim para refletir sobre elas, entro do contexto próprio da passagem da Idade Média para a Idade Moderna.
O pensamento renascentista originou-se da articulação entre os valores culturais presentes  nos textos antigos e aqueles herdados do pensamento medieval católico.

2. O homem é a medida de todas as coisas: a glorificação do homem, o qual foi colocado no centro de tudo (antropocentrismo)

Talvez a mais marcante característica do Renascimento tenha sido a valorização do ser humano. O humanismo (ou antropocentrismo, como é chamado com freqüência) colocou a pessoa humana no centro das reflexões. Não se trata de opor o homem  a Deus e medir forças. Deus continuou soberano diante do ser humano. Tratava-se, na verdade, de valorizar as pessoas em si, encontrar nelas as qualidades e as virtudes negadas pelo pensamento católico medieval.

3. O ideal de universalidade - a busca de um padrão intelectual que transcendesse as fronteiras nacionais (universalismo)

Os renascentistas acreditavam que uma pessoa poderia vir a aprender e a saber tudo o que se conhece. Seu ideal de ser humano era, portanto, aquele que conhecia todas as artes e todas as ciências. Leonardo da Vinci foi considerado, por essa razão, o modelo do homem renascentista, pois dominava várias ciências  e artes plásticas. Ele conhecia Astronomia, Mecânica, Anatomia, fazia os mais variados experimentos, projetou inúmeras máquinas e deixou um grande número de obras-primas pintadas e esculpidas. Da Vinci foi a pessoa que mais conseguiu se aproximar do ideal de universalidade.

4. A valorização da razão e da natureza

O Renascimento foi marcado pelo racionalismo e o espírito crítico, que se traduziram na adoção da observação e de métodos experimentais. O racionalismo é um marco histórico característico do Renascimento, embora não seja exclusivo dele. Por essas preocupações e valores, os pensadores e escritores do Renascimento eram conhecidos como humanistas.

Resumo dos fundamentos do Renascimento
O Renascimento significou uma nova arte, novas mentalidades e foras de ver, pensar e representar o mundo e os humanos.
Principais características do Renascimento:
a)     antropocentrismo (o homem como centro do universo): valorização do homem como ser racional e como a mais bela e perfeita obra da natureza;
b)     otimismo: os renascentistas tinham uma atitude positiva diante do mundo – acreditavam no progresso e na capacidade humana e apreciavam  a beleza do mundo tentando captá-la  em suas obras de arte;
c)     racionalismo: contrapondo à cultura medieval, que era baseada na autoridade divina, os renascentistas valorizavam a razão humana como base do conhecimento. O saber como fruto da  observação e da experiência  das leis que governam o mundo;
d)     humanismo: os humanistas eram estudiosos, sábios e filósofos, que traduziam e estudavam os textos clássicos  greco-romamos. Os conhecimentos dos humanistas eram abrangentes e universais, versando sobre diversas áreas do saber humano. Com base nesses estudos,  fundamentou-se  à valorização do espírito humano, das capacidades, das potencialidades e das diversidades dos seres humanos;
e)     empirismo: busca de explicações com base em experiências, passíveis de medir e refazer, analisando e formulando bases matemáticas;
f)       realismo: característica de buscar copiar a natureza tal qual ela é tanto na Arte e na Literatura quanto na apresentação dos fatos;
g)     hedonismo: valorização dos prazeres  sensoriais, carnais e materiais, contrapondo-se a idéia medieval de sofrimento e resignação.

Teóricos do Absolutismo

Absolutismo é um sistema de governo em que o governante é investido de poderes absolutos, exercendo de maneira ilimitada os atributos da soberania. A maioria dos Estados Nacionais Modernos do Ocidente teve um perfil político enquadrado dentro da centralização de poderes nas mãos dos monarcas absolutos. A manutenção de um exército nacional era considerada, assim como a cobrança de impostos, uma prioridade dos monarcas absolutistas.

A criação do Estado Absolutista está vinculada às transformações que marcaram a Europa durante o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna. Nesse sentido, diversos historiadores apontam a crise do poder dos nobres, os interesses da burguesia comercial e a aliança da burguesia com os reis, como dados fundamentais que viabilizaram a ascensão dessa nova forma política.

Jacques Bossuet, Thomas Hobbes e Nicolau Maquiavel: expoentes do pensamento absolutista.

Entretanto, não foram apenas as questões políticas e econômicas que sustentaram os poderes exercidos pelo rei. Diversos pensadores se esforçaram em refletir sobre esse novo tipo de governo, se preocupando em arquitetar e organizar quais medidas, comportamentos e valores seriam melhores na manutenção do poder real. Assim, pensar a estabilidade de um governo concentrado nas mãos de um único indivíduo, com poderes absolutos, exigiu resposta a uma gama de problemas. 

De forma geral, os teóricos do absolutismo surgiram após à formação de diversas monarquias nacionais. Geralmente, apresentavam suas ideias com base em experiências e conflitos vividos por determinadas monarquias ou legitimavam o poder real por meio de uma análise comparativa entre as diferentes formas de governo já experimentadas. Além disso, contaram com invensão e disseminação da imprensa para que tivessem suas idéias lançadas ao público. 


O poder dos reis tinha, na época do absolutismo, respaldo em ideias de filósofos, como Maquiavel e Hobbes, e fortalecia a centralização de suas ações colonizadoras no tempo das navegações. Os reis do absolutismo fizeram pactos com grupos da burguesia, embora fossem aliados da Igreja Católica e concordassem com a teoria do ‘justo-preço’.

Ao mesmo tempo, lembrando que a Idade Moderna ainda estava fortemente marcada por valores religiosos, notamos que alguns pensadores absolutistas buscaram justificativas religiosas para o reconhecimento do poder real. O princípio do “direito divino dos reis” defendeu a idéia de que a ascensão de um monarca ao poder, na verdade, refletia os anseios divinos com relação ao destino da nação. Em certa medida, o rei se transformava em um representante de Deus. 



Entre os principais pensadores do absolutismo, podemos dar destaque à obra do italiano Nicolau Maquiavel, autor de “O príncipe”; do pensador britânico Thomas Hobbes, autor de “Leviatã”; o jurista francês Jean Bodin, criador de “Os seis livros da República”; e Jacques-Bénigne Bossuet, teólogo francês autor de “Política Segundo a Sagrada Escritura”.

(adaptado do texto de Rainer Sousa, Mestre em História) 



Um príncipe não pode observar todas as coisas a que são obrigados os homens considerados bons, sendo freqüentemente forçado, para manter o governo, a agir contra a caridade, a fé, a humanidade, a religião. (...) O príncipe não precisa possuir todas as qualidades (ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso), bastando que aparente possuí-las. Um príncipe, se possível, não deve se afastar do bem, mas deve saber entrar para o mal, se a isso estiver obrigado. (Adaptado de Nicolau Maquiavel. O Príncipe


Nicolau Maquiavel(Florença, 1469 — Florença, 1527) foi um historiador, poeta, diplomata e músico italiano do Renascimento. É reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna, pelo fato de ter escrito sobre o Estado e o governo como realmente são e não como deveriam ser. Os recentes estudos do autor e da sua obra admitem que seu pensamento foi mal interpretado historicamente.

Pode-se afirmar que, O príncipe, de Maquiavel, é um dos mais conhecidos livros de aconselhamento aos governantes que desejavam manter seus poderes com sucesso. O príncipe, segundo Maquiavel, está acima de todos, já que suas ações não podem ser julgadas por nenhum tribunal. Para esse teórico, o governante deveria ter qualidades, mas se não as tiver, deve ao menos aparentar possuí-las. Além disso, é célebre suas frases: "Na impossibilidade de ser amado, é melhor ser temido que odiado” e “Os fins justificam os meios ".

Segundo Maquiavel, um governante “que agir virtuosamente em todos os casos” logo descobrirá quanto “há de padecer, em meio a tantos que não são virtuosos”. O pensamento de Maquiavel se desvincula totalmente da moral cristã ao orientar os governantes.

Com isso se torna manifesto que, durante o tempo em que os homens vivem sem um poder comum capaz de os manter a todos em respeito, eles se encontram naquela condição a que se chama guerra; e uma guerra que é de todos os homens contra todos os homens. Pois a guerra não consiste apenas na batalha, ou no ato de lutar, mas naquele lapso de tempo durante o qual a vontade de travar batalha é suficientemente conhecida. Portanto a noção de tempo deve ser levada em conta quanto à natureza da guerra, do mesmo modo que quanto à natureza do clima. Porque tal como a natureza do mau tempo não consiste em dois ou três chuviscos, mas numa tendência para chover que dura vários dias seguidos, assim também a natureza da guerra não consiste na luta real, mas na conhecida disposição para tal, durante todo o tempo que não há garantia do contrário. (Adaptado de Thomas Hobbes, Leviatã)
 

Thomas Hobbes (1588-1679), foi um matemático e filósofo inglês, que discorreu sobre a natureza humana e a necessidade de governos e sociedades. Dizia que o ser humano, no estado natural, é cruel e vingativo, necessitando de um governo forte e centralizado para manter o seu controle. A frase que resume suas ideias é: “O homem é o lobo do homem”. 

De acordo com Hobbes, em seu estado natural, os seres humanos são livres, competem e lutam entre si. Mas como têm em geral a mesma força, o conflito se perpetua através das gerações, criando um ambiente de tensão e medo permanentes. Para Hobbes, criar uma sociedade submetida à lei e na qual os seres humanos vivam em paz e deixem de guerrear entre si, pressupõe que todos os homens renunciem a sua liberdade original e deleguem a um só deles (o soberano) o poder completo e inquestionável. Foi um defensor da monarquia absolutista.




"O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os reis são deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê de mais longe e de mais alto; deve acreditar-se que ele vê melhor..." (Jacques Bossuet.)
 
Jacques Bossuet (1627 – 1704) foi um bispo e teólogo francês que criou o argumento que o governo era divino e os reis recebiam o seu poder de Deus. Assim, desobedecer a autoridade real seria considerado um pecado mortal. Um dos reis que se valeu de suas ideias foi o monarca absolutista Luís XIV. Bossuet se refere ao direito divino dos reis e, para ele, mais do que um indivíduo ocupando um cargo político, o rei era visto como um instrumento dotado de virtudes irrevogáveis como justiça, ordem, prosperidade, vitória e força. Para esse teórico a benção clerical durante uma coroação, mais do que provar qualquer tipo de acordo ou subordinação entre Estado e Igreja, indicava a consumação de um evento mágico onde o povo via um novo predestinado ocupando um lugar de caráter sagrado.

Filmes sobre a África

É muito difícil encontrar filmes genuinamente africanos, por isso, para falar sobre os filmes que retratam o continente, precisamos recorrer à visão dos colonizadores. Com filmes europeus ou norte-americanos.
Essa listagem aborda apenas a África Subsaariana - ou a África Negra -, uma vez que o norte tem uma história muito diferente, desde o antigo Egito, até diversos dramas de guerra.

BEASTS OF NO NATION- 2015 / Cary Fukunaga (Reino Unido)

Baseado no livro homônimo escrito pelo nigeriano Uzodinma Iweala e filmado em Gana, a produção já é um sucesso de crítica, sendo até cotado para o Oscar de 2016.

O filme narra a história de Agu (Abraham Attah), filho caçula de uma família tradicional da África que passa a sofrer os horrores e mazelas de uma guerra civil. Só isso já traria curiosidade para assistir ao filme, mas a atuação de Attah é visceral e, graças a isso, tudo parece ganhar uma dimensão ainda maior. Agu perde a família para as tropas do governo e é capturado pelo grupo rival, que tenta tomar o poder. O menino é treinado como soldado e participa de batalhas e situações extremamente chocantes. O filme é genial, conta com personagens densos e é muito mais que apenas um filme de guerra. Vale a pena!


FALCÃO NEGRO EM PERIGO – 2001 / Ridley Scott

Em outubro de 1993, os Estados Unidos enviaram um grande contingente de soldados para a Somália, que estava passando por uma guerra civil na época. O plano do exército americano era enviar tropas para o local a fim de desestabilizar o governo da Somália para poder levar comida e ajuda humanitária para a população faminta. Em uma de suas missões, cerca de 100 soldados são enviados para capturar dois generais somalianos mas a operação, que deveria durar em torno de uma hora, passa por complicações quando dois helicópteros Black Hawk são abatidos por atiradores do exército local. A partir de então tem início um grande conflito entre os soldados americanos e o exército local, que resulta em uma batalha de 15 horas e centenas de mortes.

HOTEL RUANDA – 2004 / Terry George (EUA)

O filme ambientado em Kigali demonstra os horrores da Guerra civil da Ruanda, conflito ocorrido em 1994 ocasionado pela rivalidade entre as etnias hutus e tutsi e que foi responsável por uma das maiores chacinas da segunda metade do século XX.
O longa metragem disserta sobre a história do "hotel de refugiados", como ficou conhecido o Hotel des Mile Collines sob a gerência de Paul Rusesabagina, um hutu que durante o conflito civil protegeu e salvou a vida de cerca de 1268 pessoas durante o genocídio de Ruanda.

INFÂNCIA ROUBADA (TSOTSI) –  2005 / Gavin Hood (África do Sul e Inglaterra)


Narra a história de um rapaz frio e violento, que vive solitário numa grande favela, rouba um carro de uma família rica, onde estava um bebê, que ele acaba levando consigo para seu barraco. o filme choca demais pela pobreza extrema, a ignorância e a falta de perspectivas de uma geração. Oscar de filme estrangeiro em 2006. Comovente. Vale a pena assistir!

O ÚLTIMO REI DA ESCÓCIA – 2006 / Kevin Macdonald (EUA)


O filme baseado no livro homônimo de Giles Foden, que rendeu o Oscar de melhor ator para Forest Whitaker, relata a história de um médico escocês que trabalha no principal hospital de uma pequena cidade da Uganda e ao socorrer o presidente do país em visita a cidade, ganha a sua confiança e passa exercer um cargo importante no governo, mas se vê obrigado a ir contra ele ao descobrir suas atitudes questionáveis. 
A obra apesar de ser narrada por um personagem ficcional foi baseada em fatos reais e teve a figura do ditador inspirada pelo militar Idi Amin Dada que ditou a Uganda entre 1971-79, após um golpe de Estado.

DIAMANTE DE SANGUE – 2006 / Edward Zwick (EUA)


Tendo como cenário principal o conflito civil que ocorreu na Serra Leoa na década de 1990, o filme que traz em seu elenco Leonardo DiCaprio e obteve cinco indicações ao Oscar, disserta sobre a problemática dos diamantes contrabandeados (diamantes de sangue) que financiam as guerras que assolam o continente africano e inclui em seu doloroso contexto as crianças alienadas pelos rebeldes com intuito de serem usadas no chamado exército infantil.

INVICTUS – 2009 / Clint Eastwood (EUA)


O filme ambientado na África do sul pós- Apartheid, que tem em seu título uma alusão ao poema do inglês William Ernest Henley, rendeu à Morgan Freeman o Oscar de melhor ator e à Matt Damon à indicação de melhor ator coadjuvante.
A trama disserta sobre os esforços do recém eleito presidente Nelson Mandela para extinguir a segregação e/ou os preconceitos ainda existentes. Para isso ele decide incentivar equipe da seleção nacional de Rúgbi, comandada por Francois Pienaar - um branco - à vencer a Copa do Mundo do gênero esportivo, que será realizado ineditamente no país.
O filme demonstra com maestria o cenário do pós Apartheid sul africano e as dificuldades para superar isto.

REPÓRTERES DE GUERRA – 2011 / Steven Silver (Canadá e África do Sul)


Baseado no livro "The Bang-Bang Club: Snapshots from a Hidden War", o filme retrata a história de duas fotografias ganhadoras do prêmio Pulitzer, tendo como cenário os sangrentos conflitos envolvendo as primeiras eleições livres depois do fim do regime de Apartheid que vigorava na África do Sul.
O filme narra as dificuldades e perigos do chamado jornalismo de guerra, mediante a miséria e problemas do continente africano.

O JARDINEIRO FIEL – 2005 / Fernando Meirelles (EUA)


A trama dirigida pelo premiado diretor brasileiro recebeu 3 indicações ao Globo de ouro e 4 indicações ao Oscar, sendo Rachel Weisz vencedora em ambos na categoria de melhor atriz coadjuvante.
A história apresentada em forma de um romance dramático, disserta sobre a gigantesca rede de corrupção da indústria farmacêutica internacional.
Baseado em um romance de John le Carré, o longa mostra a realidade de miséria e exclusão da população do Quênia, que na trama são expostos à testes involuntários e inconscientes por parte de uma indústria farmacêutica. O filme é uma crítica ferrenha à omissão e as armas do capitalismo.

REDENÇÃO – 2011 / Marc Foster (EUA) 


Estrelado por Gerard Butler, o filme narra a verídica história de um pastor que abdica do conforto de sua vida nos EUA para se dedicar as crianças órfãs do Sudão.
O filme relata as atrocidades cometidas pelo exército rebelde durante a guerra civil do Sudão, e traz mais uma vez a realidade vivida pelas crianças convocadas para formar uma milícia infantil e as dificuldades de manutenção de ONG's.

A MASSAI BRANCA – 2005 / Hermine Huntgeburth (Alemanha)


Baseados em fatos reais e inspirado no best-seller homônimo, o filme disserta sobre o choque cultural e a história de amor entre uma suiça e um guerreiro de uma tribo massai.
O longa demonstra a cultura e tradições da tribo africana massai remanescente do Quênia e seus contrastes com a sociedade moderna, exaltando seus esforços para manutenção e preservação desses costumes.

A SOMBRA E A ESCURIDÃO – 1996 / Stephen Hopkins (EUA)


Ambientado em 1898 (auge da corrida colonialista) quando a África era disputada por franceses, alemães e britânicos; o filme indicado à 6 Oscars incluindo o de melhor filme, narra sobre a história verídica que ocorreu durante a construção de uma ponte sob o rio Tsavo, quando a equipe de operários foram atacados por dois leões a quem os aldeões acreditavam se tratar de espíritos.
O filme demonstra a questão da colonização, dos esteriótipos partilhados na época e as crendices africanas.

AMOR SEM FRONTEIRAS – 2003 / Martin Campbell (EUA)


O filme protagonizado por Angelina Jolie, demonstra de maneira explícita os contrastes entre os países ricos e os subdesenvolvidos. Em uma trama envolvente, o longa narra sobre a difícil tarefa dos voluntários e das organizações não governamentais para se manterem e a vida de sofrimento a que os refugiados de guerra são submetidos.
Demonstrando a triste realidade e problemas enfrentados por países africanos em divergência com ao comodismo e a inércia dos países de "primeiro mundo" frente à estes assuntos.
É um filme lindo, comovente e que nos faz pensar. Vale muito a pena ver!

Preto e Branco em Cores – 1976 / Jean-Jacques Annaud (França)

Na Costa do Marfim, duas comunidades de colonizadores, franceses e alemães, convivem pacificamente, utilizando os negros como serviçais. Quando chega a notícia de que explodiu a primeira guerra e os europeus estão em lados opostos. Movidos por patriotismo, os franceses decidem atacar os alemães, utilizando os negros, naturalmente...  inteligente comédia francesa de estreia de Jean-Jacques Annaud na direção, ganhadora do Oscar de Filme Estrangeiro em 1976.

Um Grito de Liberdade 2007 / Richard Attenborough (Inglaterra)


Filme sobre o apartheid na África do Sul, mostra a amizade entre um líder negro Stephen Biko e um jornalista branco. Baseado em uma história real.

Distrito 9 – 2009 / Peter Jackson (África do Sul, Canadá, Nova Zelândia, EUA)

É um blockbuster com idéia, diretor e elenco sul-africanos. uma nave alienígena 'encalha' sobre a cidade de Johannesburg. os seus milhares de tripulantes acabam isolados num gueto, submetidos à violência da polícia local e negociando com contrabandistas. curioso paralelo com o apartheid, neste bom filme produzido por Peter Jackson.

Um Herói do Nosso Tempo – 2005 / Radu Mihaileanu(França, Bélgica, Israel, Itália)


Menino negro se passa por judeu para ser levado a Israel e ter condições de sobreviver. Na época, o país estava resgatando os judeus negros da em situação de miséria. Mesmo entre os judeus, existe o preconceito pelo fato dele ser negro.

Descolonização da África - Resuminho



A exploração colonialista europeia e o próprio processo de descolonização provocaram grandes mudanças sociais, políticas e econômicas na África e na Ásia. 

  • A pobreza foi marcante nas ex-colônias nos anos após a emancipação política.
  • Os países que se formaram após a libertação não foram estabelecidos de acordo com as etnias e os antigos grupos tribais, foram formadas fronteiras artificiais, gerando guerras civis e conflitos até os dias de hoje.
  •  A exploração comercial empreendida pelos exploradores gerou nas sociedades africanas novas elites ou fortaleceu as já existentes.
  • As guerras civis, constantes durante o período colonial, continuaram e, em vários locais, foram extremamente violentas, após a emancipação política das colônias.
  • O processo de descolonização na África e na Ásia teve início por iniciativa dos nativos das colônias, que aproveitaram que suas metrópoles estavam enfraquecidas após a Segunda Grande Guerra.
  • Uma interpretação eurocêntrica da História, de maneira geral, significa explicar os fatos a partir da visão dos europeus.
  • As colônias africanas e asiáticas conquistaram sua emancipação política por meio de movimentos nacionais.
 
Imagem da guerra civil em Ruanda. Massacre, pobreza, tribos rivais brigando por território e por poder por causa das fronteiras artificiais. É a imagem dos efeitos da colonização no continente africano.
 

Pan-africanismo




Até que a filosofia que torna uma raça superior
E outra inferior, seja finalmente permanentemente
Desacreditada e abandonada haverá guerra
Eu digo guerra

Até que não existam mais cidadãos
De 1º e 2º classe em qualquer nação
Até que a cor da pele de um homem
Não tenha maior significado que a cor
Dos seus olhos haverá guerra

Até que todos os direitos básicos
Sejam igualmente garantido para todos
Sem privilégios de raça, terá guerra

Até esse dia o sonho da paz final
Da almejada cidadania e o papel
Da moralidade internacional
Não será mais que mera ilusão
a ser percebida e nunca atingida
Por enquanto haverá guerra, guerra

Até que os ignóbeis e infelizes regimes
Que prendem nossos irmãos em Angola
Em Moçambique, África do Sul escravizada
Não mais existam e sejam destruídos
Haverá guerra, eu disse guerra

Guerra no leste, guerra no oeste
guerra no norte, Guerra no sul
guerra, guerra, rumores de guerra

E até esse dia, o continente africano
conhecerá a paz Nós africanos lutaremos
Achamos isto necessário e sabemos que devemos ganhar
E estamos confiantes na vitória

O bem sobre o mal, bem sobre o mal
O bem sobre o mal, bem sobre o mal

(War. Bob Marley, 1976)

A canção War foi composta por Bob Marley, a partir do discurso pronunciado pelo imperador da Etiópia, Hailé Selassié (1892-1975) em 1936, na Liga das Nações. As ideias do discurso, presentes na letra da canção acima, estão associadas ao pan-africanismo, que defendia a existência de uma identidade comum aos negros africanos e a seus descendentes.

Ouça a canção de War, Bob Marley: https://www.youtube.com/watch?v=nfFe3dfl-ho

Revolução Chinesa - Resuminho sobre Governo de Mao Tsé-Tung



A China, mais precisamente o Império do Centro, foi uma das regiões mais cobiçadas pelas potências imperialistas entre os séculos XVI e XX. A exploração estrangeira em território chinês somente foi finalizada com a Revolução Comunista liderada por Mao Tsé-Tung, a partir de 1949. Com relação a esse assunto, lembre que:

 Livros, partituras, obras de arte, instrumentos musicias, todo e qualquer objeto que fosse ocidental, foi queimado em praça pública para "livrar" a China do passado de dominação imperialista.
  • Mao Tsé-Tung lançou a Revolução Cultural em 1966, com o objetivo de apagar completamente os traços da ocupação imperialista e os hábitos burgueses; 
  •  O plano econômico denominado Grande Salto em Frente incentivou a indústria de base a fim de acelerar o crescimento da economia; 
  • O Plano do Grande Salto em Frente foi um fracasso, pois não tirou a população chinesa da miséria e da fome; 
  • Mao Tsé-Tung estimulou uma superprodução de alimentos, com a intenção de acabar com a fome, porém sem ter como distribuir os gêneros alimentícios, muito se estragou e a fome continuou; 
  • Os trabalhadores não foram os principais aliados de Mao Tsé-Tung no fim do seu governo; 
  • A China somente iniciou o processo de abertura política e econômica e de restabelecimento das relações diplomáticas com outros países após a  morte de Mao Tsé-Tung.




Professores de idiomas ocidentais (inglês, francês, etc.), de música, literatura e musicistas que tocassem instrumentos ocidentais (piano ou violino, por exemplo) foram considerados traidores da China, presos e obrigados a mudar de profissão.

 Vídeo bacaninha sobre Revolução Cultural na China: https://www.youtube.com/watch?v=edKUyF1IxAc

Apocalypse Now





Apocalypse Now é um filme americano de 1979, dirigido por Francis Ford Coppola, baseado no livro Heart of Darkness de Joseph Conrad e estrelado por Marlon Brando, Robert Duvall e Martin Sheen. Apocalypse Now foi indicado para sete Oscars, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor (Francis Ford Coppola) e Melhor Ator Coadjuvante (Robert Duvall) e foi premiado nas categorias Melhor Fotografia e Melhor Som. 

O filme "Apocalypse Now" trata dos horrores da Guerra do Vietnã. Antes dele, "O Franco Atirador" (1977), de Michael Cimino, e o documentário "Corações e Mentes" (1975), de Peter Davies, também abordaram essa temática. Mais recentemente, são conhecidos os filmes de Oliver Stone e as produções em série de "Rambo". Os comentários anteriores indicam que, além de ainda render bilheteria, a Guerra do Vietnã significa para a sociedade norte-americana um problema mal resolvido. 

Sobre o impacto da Guerra do Vietnã para os EUA o dilema norte-americano, diante da guerra, persiste porque não foi possível uma vitória, mas sim uma paz honrosa, como havia dito Nixon. No entanto, essa paz não cicatrizou as feridas abertas pela guerra. Os filmes sobre o Vietnã insistem em difundir o sofrimento dos soldados e a insensatez da guerra, abrindo um espaço de discussão acerca de sua memória.