07 março 2013

Revolta da Armada

A Revolta da Armada (1893 - 1894) 
ocorreu pois a Marinha brasileira estava insatisfeita com o governo do Marechal Floriano Peixoto. 
 
         
Peixoto foi eleito vice-presidente do governo do Marechal Deodoro da Fonseca. Apesar do que possamos pensar, levando em conta a forma eleitoral nos dias de hoje, nessas primeiras eleições da República Brasileira, o presidente e o vice eram eleitos separadamente e Floriano tinha o apoio de vários políticos que faziam oposição à Deodoro. Devido à uma série de problemas, entre eles a falta de apoio político, poucos meses após iniciar seu mandato, Deodoro renunciou, deixando o cargo para Floriano. 
Segundo a Constituição,  deveria existir uma nova eleição caso o cargo de presidente ou de vice ficassem vagos. Floriano ignorou a lei e a oposição passou a acusá-lo de se manter ilegalmente no poder. Assim, Floriano reuniu o Congresso e depôs todos os governadores que apoiaram Deodoro para alguns dias depois colocar nas vagas, dos governos estaduais e do Congresso, políticos aliados.
Mesmo implementando algumas medidas para conquistar o apoio populacional, Floriano era autoritário e centralizador, assim ele recebeu uma carta, vinda da parte de alguns generais, ordenando a convocação imediata de novas eleições, pois a Constituição tinha que ser respeitada. O presidente alegava que essas orientações constitucionais não se aplicavam ao seu governo, pois o mesmo foi instaurado pelo voto indireto. Dessa forma, além de não dar crédito à ordem imposta pelos generais, o presidente ordenou a prisão de todos os envolvidos que estavam ameaçando seu governo. 
Os oficiais superiores das Forças Armadas, em especial da Marinha,  insatisfeitos convocaram uma reunião a fim de escolherem os novos governadores. trataram de organizar os navios em seu poder e apontar seus canhões em direção à Capital Federal, planejando um golpe para destituir Floriano Peixoto do poder. Floriano Peixoto, confiante com o apoio político que possuía, decidiu não ceder às imposições da Armada. Os almirantes da Marinha sem apoio do Exército chegaram a trocar tiros de canhão com as fortalezas da capital do país antes de migrarem para o sul, onde deram apoio aos gaúchos que faziam parte do federalismo. Ambos os movimentos não tiveram sucesso, sendo derrotados pelas tropas florianistas.


Fotos doMuseu Histórico Nacional


2 comentários:

  1. Oi Tathyana.
    Gostei muito desta postagem! Texto bem feito e as imagens são muito boas. Parabéns.

    Aproveito a oportunidade para dizer que coloquei um link deste blog no meu HistóriaS, na parte "Blogs que acompanho", para ajudar a divulgar o bom trabalho que você realiza aqui.
    Assim reforçamos nossa parceria, que já compartilha o interesse pela História e os mesmos nomes de blog.

    Um abraço.
    Sylvio

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  2. UMA HISTÓRIA NÃO RELATADA NOS LIVROS.

    O sol que raiou no levante no dia 21 de Fevereiro de 1894, veio iluminar ainda um vasto campo de guerra, onde pais, filhos, irmãos e parentes se digladiaram, uns ao influxo, impatriótico de um governo sanguinário, outros pelo heroísmo, e que procuravam, a custa da própria vida, reivindicar a sua liberdade e os direitos confiscados de seus concidadãos.

    A imaginação humana não concebe fato mais degradante, resistência mais inútil, do que essa que cresce dia a dia na sustentação de um poder tirânico que sufoca esta infeliz Pátria Brasileira para sustentar a pertinácia de um homem que subiu ao governo, não em nome do povo e nem por amor de um princípio, mas pelo advento de um pronunciamento militar que trouxe a guerra civil e a anarquia que solaparam os restos das forças desta Nação.

    Nós Mageenses lamentamos essa fúnebre conjuntura, ouvindo ainda esse eco de desolação que enluta os destinos do nosso município, no meio dessa aflição que dilacera a nossa alma.
    Quando os soldados sob as ordens do CORONEL MANOEL JOAQUIM GODOLPHIN se entregavam à pilhagem desenfreada, durante todo o tempo de seu “comando’, ele contemplava os destroços a que era reduzida, as propriedades dos cidadãos Mageenses, o pesar e a aflição destes, e como se orgulhando do que ordenara, dizia com a convicção de quem estivesse cumprindo uma ordem “Eu vim destruir Magé, essa é a minha missão!”.

    Após esta triste fase, Magé, que era uma das mais importantes cidades do Estado do Rio de Janeiro, dos movimentados portos, escolhido para ser berço da primeira ferrovia do Brasil, da mais importante via terrestre de comunicação com Minas Gerais e o interior do Brasil, entrou na triste decadência perdendo o status de “Cidade Modelo”.


    Gilvaldo Dias Guerra
    Veja o Vídeo. É só clicar!

    http://www.youtube.com/watch?v=CymZH-H2Cyg

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