20 agosto 2015

Grécia Antiga - Pré-História


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Primeiro período

A civilização egéia, também conhecida como civilização egeana, constituiu uma sociedade pré-helênica. Organizou-se, portanto antes mesmo da penetração de grupos arianos ou indo-europeus - como os aqueus - nos Bálcãs.
Os povos chamados de pelagios ou pelasgos foram os primeiros habitantes da região. Poliam e utilizavam pedras como a obsidiana com bastante habilidade.
Tendo se estabelecido em todo o mundo egeu, isto é, nos Bálcãs, na Ásia Menor e em Creta e outras ilhas, os pelágios viviam da caça, da pesca, da coleta e de uma agricultura rudimentar.
Organizavam-se socialmente em clãs. Os pesquisadores encontraram casas e até túmulos coletivos na ilha de Creta. Os pelágios foram conquistados por povos indo-europeus, conhecidos como micênicos ou aqueus.
Período Minóico

Ilha de Creta
A origem do povo cretense é incerta. Sabemos que a ilha foi ocupada a partir de 6000 a.C. por povos neolíticos, como evidenciado por figuras antropomórficas de argila. As primeiras peças de cerâmica surgiram por volta de 5700 a.C.. A arquitetura é semelhante às presentes no Egito e no Oriente Médio deste período e de períodos posteriores, com tijolos queimados sobre fundação de pedra, cobertos por barro, que pode ligá-los aos povos daquelas regiões, e não aos povos europeus como costuma-se pensar.
O povo cultivava trigo, lentilhas, criava bois e cabras. O terreno montanhoso e acidentado dava lugar a profundos vales férteis, onde era praticada a agricultura. A pesca também era um importante elemento na obtenção de recursos.
Mulheres minóicas - As mulheres tinham um papel de destaque na sociedade minóica
Por volta de 3800 a.C, descobrem a tecnologia do cobre, inicia-se assim a Idade dos Metais na ilha. Por volta de 3000 a.C. são encontrados vestígios de utensílios de bronze e fornos para a fundição. Neste período, a ocupação do litoral tornou-se evidente, com vilas costeiras e ancoradouros. O começo da Idade do Bronze, por volta de 2600 a.C., foi um período de grande atividade em Creta, e também marca o início de Creta como um importante centro de civilização.
O apogeu da civilização minóica se deu entre 1700 a.C. a 1400 a.C.. Por volta de 1700, um grande terremoto destruiu a ilha, e os palácios (Cnossos, Festos, Malia e Kato Zakros) foram reconstruídos ainda maiores, com o desenvolvimento de túmulos maiores, sistemas de esgoto e esculturas elaboradas.
Palácio de Cnossos (Fonte: Wikipédia)
A prosperidade da ilha se deveu basicamente à habilidade na construção de naus rápidas e resistentes, capazes de transpor o Mar Mediterrâneo. Desta forma, os minóicos estabeleceram relações comerciais com as civilizações circundantes, exportando peças de metal, jóias, cerâmica, azeite e lã.
Provas do contato dos minóicos com outros povos do Oriente Próximo podem ser encntradas em sítios arqueológicos na Mesopotâmia e no Egito. Objetos do fim do Período Neo-Palaciano foram achados no Egito nos reinados de Hatshepsut e Tuthmosis III. A expansão comercial coincidiu com a expansão territorial e política. Colônias foram fundadas em diversas ilhas do Mar Egeu e na Sicília.
A Grécia Continental mostrou independência da Creta Minóica, devido à atuação dos Micênicos. Por volta de 1420 a.C., a ilha foi conquistada pelos micênicos , que adaptaram a escrita Linear A, dos minóicos, criando a Linear B para a língua micênica, uma forma de Grego.
A explosão de um vulcão ao Norte localizado na ilha de Santorini fez com que terríveis tsunamis arrasassem seus principais portos costeiros, assim como seus principais mercados, facilitando assim a chegada de outra tribo indo-européia, os dórios, oriundos da Grécia continental que conquistaram os decadentes minóicos.
Esta erupção aconteceu em 1470 a.C. e causou um imenso maremoto que destruiu os portos minóicos e provavelmente toda a sua armada, comércio e auto-confiança psicológica, evitando assim o reerguimento. Incapazes de estabelecer comércio com outras culturas e defender-se de invasões estrangeiras, a sociedade aparentemente entrou em guerra civil, dividindo-se e fragmentando-se em vários grupos inimigos entre si.


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Ainda no século XV a.C., os dórios vindos do Peloponeso invadiram Creta, estabeleceram-se nas cidades abandonadas e construíram sobre cidades destruídas. Os minóicos migraram para o leste da ilha, mas foram finalmente assimilados por volta de 1380 a.C..
Período Micênico
Vaso Micênico
O período micênico, também denominado de período Heládico Final, coincidiu com a Idade do Bronze no Egeu.
A civilização micênica se desenvolveu no continente grego entre 1600 a.C. e 1050 a.C., aproximadamente. O nome deriva de Micenas, nome de um dos mais importantes centros da região.
Os micênios, que foram denominados de aqueus por Homero já nos primeiros versos da Ilíada, eram pertencentes à raça indo-européia, inicaram a incursão ao território grego conquistando-o aos pelágios.
Ativos comerciantes, os micênios conquistaram a ilha de Creta por volta de 1450 a.C., montando ali um avançado posto comercial e, entre 1400 e 1200 a.C., dominaram economicamente (e culturalmente) quase todos os povos do Mediterrâneo Oriental. Caracterizada por uma aristocracia de guerreiros, falavam uma forma bastante arcaica da língua grega, o dialeto jônico. Escreveram os mais antigos documentos em grego, escritos em um silabário conhecido por escrita linear B e construíram imponentes cidadelas fortificadas em Micenas e Tirinto Argólida, Gla (Beócia) e Englianos (Messênia).
Mundo Micênico e as cidades conquistadas
Diversas características da cultura micênica sobreviveram nas tradições religiosas e na literatura grega, dos períodos Arcaico e Clássico – notadamente na Ilíada e na Odisséia. Micenas teve seu auge e foi a cidade mais próspera da Grécia por muitos anos, revolucionando as artes, a engenharia e a arquitetura. A invasão dórica é considerada a causa do fim da civilização micênica, iniciando a Idade Grega das Trevas ou o fim da Idade do Bronze.

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