15 maio 2014

Cruzadas



De forma bem resumida, pode-se dizer que as Cruzadas foram expedições militares, ordenadas pela Igreja Católica e comandadas por guerreiros europeus (nobres sobretudo), que iam até o Oriente Médio (região da Palestina) para expulsar dessa região os muçulmanos que lá se estabeleceram.
A "Terra Santa" como era chamada essa região por ter sido o local da vida e morte de Jesus Cristo foram invadida pelos muçulmanos na época da expansão territorial dos povos que aceitaram o islamismo como religião. Causando desconforto na Igreja Católica que queria manter essa área sob o domínio cristão. Devemos lembrar que muitos cristão peregrinavam até Jerusalém, para visitar o Santo Sepulcro.

Além desse motivo religioso, as Cruzadas tinham outros interesses, como por exemplo uma função social que era dar uma ocupação para os jovens guerreiros. Com o aumento populacional e o fim de guerras de conquista, muitos jovens nobres, filhos mais novos de senhores feudais não tinham muito o que fazer além de treinar para possíveis guerras. Muitos se aventuravam pelos feudos vizinhos e mesmo por reinos vizinhos, em busca de aventuras.


Os "romances de cavalaria" são dessa época - histórias do Rei Arthur e da busca de seus cavaleiros pelo cálice sagrado, o santo Graal; heróis que combateram dragões; cavaleiros que salvaram princesas, etc. Assim, esses jovens guerreiros ficavam, como diríamos hoje, buscando confusão e briga por onde passavam. A Igreja Católica uniu o útil ao agradável, livrar a Terra Santa de um povo de religião diferente (convenhamos que a tolerância religiosa não era o forte da época) e ao mesmo tempo dar alguma atividade heroica a esses rapazes.

A promessa de recompensas também era um grande atrativo, quem fosse lutar contra os muçulmanos teriam seus pecados perdoados, teriam garantida a entrada no reino dos céus, mas além disso havia uma recompensa muito mais mundana (do mundo dos vivos) que era ganhar terras no território conquistado.
Novamente devemos lembrar que os herdeiros dos feudos eram sempre os filhos homens mais velhos. Os mais novos não herdavam nada e deveriam se contentar em servir seus irmãos ou se colocarem ao serviço de algum outro nobre senhor feudal. Se o rapaz fosse um grande guerreiro, poderia conquistar as graças de algum senhor feudal e virar seu vassalo, ganhando também um feudo para si. Mas no século XI as terras já estavam distribuídas e essa possibilidade era bem mais remota. Dessa forma, ir lutar na Terra Santa, ganhar o perdão de todos os pecados e ainda virar um senhor do seu próprio feudo não era uma ideia tão ruim assim.

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