23 novembro 2015

Reformas de Mikhail Gorbatchev e a Crise do Socialismo Soviético

A União Soviética (URSS) era a grande representante do sistema socialista. Possuía uma estrutura poderosa e uma grande capacidade militar que rivalizava equitativamente com os Estados Unidos durante a chamada Guerra Fria. Entretanto, década de 1970 demonstrou ao mundo que a União Soviética já não era mais a grande rival dos Estados Unidos, sua capacidade já havia sido reduzida consideravelmente. 

Fonte: http://coldwarperiod8.weebly.com/
the-thawingend-of-the-cold-war.html

Os sinais de esgotamento econômico começaram a aparecer e isso se tornou evidente com a divulgação de problemas graves, como a falta de alimentos. A partir daí, seguiram-se uma série de estratégias erradas que só piorariam sua situação. Nesse período, a União Soviética invadiu o Afeganistão, aumentando a crise. A maior parte dos recursos financeiros do país eram gastos pelo setor militar (manutenção de tropas, confecção de aparatos bélicos, pesquisa científica militar e transporte e manutenção de equipamentos nas regiões ocupadas). A falta de bens de consumo e a falta de liberdade de expressão do povo refletia-se diretamente na produtividade do país, pois os indivíduos sentiam-se desmotivados com a realidade que viviam.

O acúmulo de problemas ao longo da década de 1970 estourou como uma bomba na década de 1980. A situação ficou ainda pior quando a população passou a ter extremas dificuldades para adquirir produtos básicos como pão ou vestimentas. Em 1985, Mikhail Gorbatchev assume o poder na União Soviética e dedica-se a uma possível solução dos problemas. Para conseguir algum resultado, o líder soviético tenta conquistar sua população e lança dois projetos: a Perestroika e a Glasnost

O primeiro deles tratava-se de uma tentativa de restruturação econômica. Sobre a perestroika, sabe-se que o processo de abertura da economia planificada que procurou reestruturar a economia do país, acabando com o desemprego e a falta de gêneros essenciais para a população. Uma de suas primeiras medidas foi o desvio de verbas da indústria bélica para o investimento em indústrias de consumo.

Já a glasnost (o nome significa liberdade de expressão) foi o processo de abertura política que propunha maior transparência política, com o fim da censura à imprensa soviética. Com ela houve a diminuição do combate às dissidências políticas, que se fortaleceram com a crise da União Soviética. O regime de partido único, vigente até então, deixou de existir e novas agremiações políticas puderam ser formadas. A população, contudo, já estava saturada dos problemas e parte dela queria o fim por completo do regime socialista soviético. Essa falta de apoio de uma população desconfiada serviu para impossibilitar mais ainda a tentativa de reorganização.


A Crise Soviética se expandiu pelos países que integravam o bloco socialista. A União Soviética estava saturada de problemas militares e políticos. A população se rebelava em vários países pedindo democracia e o fim do sistema socialista. Dessa forma, aos poucos, as Repúblicas Soviéticas foram tornando-se independentes e deixaram de integrar a União Soviética. No auge da crise, vários países abandonaram a União Soviética. Na Rússia, Boris Yeltsin assumiria o cargo de presidente, em 1991, e decretaria o final da União Soviética, permitindo a criação de novos países.


A Crise Soviética levou à dissolução da União Soviética e, por consequência, ao término da Guerra Fria. Neste conflito, os Estados Unidos consagraram-se como vencedores e o sistema capitalista tomou seu posto de liderança incontestada 

no mundo.

Fonte:
SEGRILLO, Angelo. O Declínio da URSS: um estudo das causas. Editora Record, 2000.

Vídeos sobre a Crise do Socialismo:

Jornal Nacional - Trecho sobre a saída de Gorbatchev

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