09 abril 2016

Revisão sobre Egito

O Egito Antigo é fascinante e não busco aqui esgotar todo o assunto - Esse texto é apenas uma revisão para meus alunos, um resuminho, com o básico, o principal. Quem quiser saber mais, que não está nessa revisão, existem ótimos livros e alguns sites bem confiáveis sobre o assunto.
Pirâmides de Gizé - Egito
O governo no Egito Antigo era teocrático, ou seja, o governante era considerado um deus (diferentemente da teocracia mesopotâmica, na qual os governantes eram representantes dos deuses). O faraó - rei egípcio - era a própria encarnação do deus Hórus (o deus falcão), filho de Osíris e Ísis, e possuía todo o poder, era dono de todas as terras, era o supremo juiz, o sumo-sacerdote, general de todo o exército, representante do Sol (Amon-Rá) na terra, centro de todas as coisas até mesmo das nações estrangeiras. Segundo a crença egípcia todos deveriam adorar seu rei. A religiosidade estava presente em todos os aspectos da vida egípcia e entender suas lendas é entender essa sociedade - Sua religião era politeísta e antropozoomórfica, sendo que ao longo da História outros deuses foram incorporados ou se modificaram.

Deus Hórus
Os animais no Egito Antigo eram considerados a encarnação dos próprios deuses, e explicavam funções práticas na vida cotidiana, por exemplo: o gato acabava com as infestações de ratos nos celeiros com os mantimentos; o cachorro auxiliava na caça; o gado, na agricultura (puxava a charrua), entre outros. Os egípcios também adoravam as formas e forças da natureza, como o rio Nilo, o Sol, a Lua e o vento.

O único momento em que o Egito teve uma experiência monoteísta foi durante o governo de Amenófis IV,que procurou instalar o culto único ao deus Sol, Amon-Rá, rechaçando todos os outros deuses, desgostando os sacerdotes e causando um enorme conflito social. Após a morte desse faraó, o Egito retornou ao politeísmo.

A religiosidade tinha importância para os egípcios principalmente após a morte, pois eles acreditavam na imortalidade da alma e essa crença explica toda sua arte e forma de se relacionar com a vida - não se pode alegar que o culto aos mortos tornasse essa civilização algo mórbido, pelo contrário, os egípcios amavam a vida, tinham um cotidiano alegre e feliz, cheio de festas, jogos e diversão. E eles acreditavam que após a morte, essa mesma vida continuava igual, porém pela eternidade. Por esses motivos cultuavam os mortos e praticavam a mumificação (a conservação dos corpos) - que era imprescindível para a vida eterna, pois a alma precisava do corpo intacto para poder viver eternamente.
Escrita hieroglífica - destinada a textos sagrados

O Egito fica na região chamada de "Crescente Fértil" e assim como a civilização mesopotâmica, é uma "sociedade hidráulica". Nessas civilizações os rios eram considerados como divindades e apesar da relação respeitosa, era necessário a utilização de engenhosas obras de engenharia, organizadas pelos sacerdotes, devido ao seu caráter religioso - aliás a escrita, a matemática, astronomia, geometria, engenharia se desenvolveram muito no Egito devido às enormes construções dessa civilização, mas os arquitetos, engenheiros, escribas e organizadores da época de plantar e colher eram sempre sacerdotes - A propriedade da terra assumia diversas dimensões, pois pertenciam ao Estado, ao faraó, eram usufruídas (aproveitadas) por nobres e sacerdotes e eram trabalhadas coletivamente pelas comunidades camponesas.
Escrita hierática - destinada a documentos oficiais

A agricultura era a principal atividade econômica dos egípcios e quando o rio estava na época das cheias, os camponeses tinham seu sustento garantido pelo Estado e para isso, trabalhavam em obras do faraó, como a construção de túmulos, templos ou cidades.

Mastaba
Como dito acima, a arte egípcia em grande medida se voltou para a construção dos grandes edifícios funerários: Mastabas, Pirâmides e os Hipogeus, lugares onde eram sepultados não só os faraós, mas também nobres e sacerdotes ilustres.

Hipogeu de Ramsés
Sobre a sociedade egípcia devemos salientar que as crianças egípcias cresciam junto aos seus familiares e vizinhos, e podiam brincar com seus pais nas horas de descanso, após o trabalho ou durante as festividades dedicadas aos deuses, em que todos comiam, bebiam e dançavam. As mães egípcias podiam cuidar pessoalmente da amamentação e da educação de seus filhos ou delegarem essas tarefas para escravas; as crianças podiam acompanhar seus pais em todas as atividades, aprendendo, dessa forma, a executar todas as tarefas. As mulheres egípcias na Antiguidade geralmente eram bem tratadas e as suas atividades dependiam da posição de sua família na sociedade (as mais ricas não precisavam trabalhar), tanto que houve algumas (poucas) que se tornaram faraós (ou fananis).
Escrita demótica - cotidiana, reservada para atividades corriqueiras

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